Trabalhadores protestam com guilhotina em frente à casa de Jeff Bezos, da Amazon
Manifestação foi por aumento de salários na gigante do comércio comandada pelo homem mais rico do mundo
Um dia depois de Jeff Bezos, dono da Amazon, se tornar a primeira pessoa no mundo com uma fortuna acima de US$ 200 bilhões , cerca de cem manifestantes resolveram protestar contra os baixos salários pagos pela gigante do e-commerce a seus trabalhadores e montaram uma guilhotina em frente à sua porta.
Com a pandemia, as vendas pela internet saltaram, e a Amazon se beneficiou do movimento. Assim, a fortuna de Bezos só fez crescer: foram 87 bilhões até agora em 2020. E ele ainda ganhou mais dinheiro ao vender US$ 4,1 bilhões em ações no início do ano e mais US$ 3,1 bilhões no início de agosto.
A guilhotina pode ser vista num vídeo no Twitter, publicado por um repórter do jornal Washington Examiner . Confira abaixo:
Protesters build a guillotine outside of Jeff Bezos’s house. Yesterday the Amazon billionaire was reported to become the first man worth $200 billion. pic.twitter.com/tY1wb0F1uj
— Nic Rowan (@NicXTempore) August 27, 2020
O ex-funcionário da Amazon Christian Smalls, líder do protesto, ajudou a montar a guilhotina. Os trabalhadores pedem à empresa que aumente seu salário mínimo de US$ 15 para US$ 30 por hora devido à crescente riqueza de Bezos. O protesto foi organizado pelo Congresso de Trabalhadores Essenciais, um grupo fundado por Smalls.
"Nos dê uma boa razão para não merecermos um salário mínimo de US$ 30, quando esse homem ganha US$ 4 mil por segundo", disse Smalls ao Business Insider.
Não ficou claro se a guilhotina dos manifestantes tinha uma lâmina real ou era funcional. Os organizadores da manifestação não responderam imediatamente ao pedido de comentários do Business Insider. Nem a Amazon.
Embora a pandemia tenha levado alguns funcionários da Amazon a falar mais abertamente sobre as condições de trabalho, também gerou grandes lucros para a gigante — US $ 88,9 bilhões em vendas só no segundo trimestre deste ano.
E a companhia não para. Ela anunciou nesta sexta-feira que encomendou 1.800 vans elétricas da Mercedes-Benz para sua frota de entrega na Europa, como parte dos planos de operar um negócio zerado em emissões de carbono até 2040.
O pedido é o maior de veículos elétricos da Mercedes-Benz até o momento e inclui 800 vans para a Alemanha e 500 para o Reino Unido.
A encomenda, porém, é pequena se comparada ao pedido recente da Amazon de 100 mil vans elétricas à Rivian Automotive, uma startup na qual investiu.
Bezos disse em um comunicado que o pedido é parte da "jornada da Amazon para construir a frota de transporte mais sustentável do mundo".