Nota de R$ 200 será a cédula com maior custo de fabricação da história

Produção da nova nota vai custar quase a mesma coisa que uma moeda de R$ 1, instrumento monetário mais caro já feito até hoje

Nota de R$ 200 terá, além do maior valor, o maior custo de produção da história do Brasil
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Nota de R$ 200 terá, além do maior valor, o maior custo de produção da história do Brasil

A nota de R$ 200 não será apenas a de maior valor no sistema bancário brasileiro, como também a mais cara a ser produzida. Documentos disponibilizados por meio da Lei de Acesso à Informação, após solicitação do Portal Bitcoin , mostram que o custo de produção da cédula com o lobo-guará será de R$ 0,325 centavos por nota. Será o preço mais alto dentre as cédulas e moedas em circulação no Brasil.

Se comparado com a produção das demais, a nota de R$ 200 terá um custo de produção próximo ao da moeda de R$ 1, instrumento monetário mais caro feito até hoje. O custo para colocar uma moeda dessas em circulação é de R$ 0,31.

Tradicionalmente, as moedas são mais caras de serem produzidas do que as notas , que possuem valor monetário superior. Em larga escala, esses poucos centavos podem fazer muita diferença na produção da Casa da Moeda, estatal responsável por imprimir o dinheiro.

A moeda de R$ 0,05, por exemplo, custa três vezes mais do que valor estampado no material. O custo é de R$ 0,17 a unidade.

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Apesar do custo mais alto, o governo deve economizar com a produção de dinheiro. Uma das justificativas para a criação de uma nova nota foi a necessidade de impressão de recurso em espécie nos últimos meses, por conta do pagamento do auxílio emergencial .

A nota de valor mais alto permitirá que as pessoas saquem valores maiores com a emissão de menos papel. Para sacar os R$ 600, ao invés de seis notas de R$ 100, será preciso apenas três de R$ 200.

Segundo o documento do Banco Central, 450 milhões de cédulas de R$ 200, que terá como personagem o lobo-guará , serão produzidas. O custo da operação inicial será de R$ 146,2 milhões. A ideia é que o volume não entre todo de uma vez em circulação.