Inflação de julho fica em 0,36%, maior alta para o mês desde 2016
De acordo com o IBGE, a alta foi puxada, sobretudo, pela gasolina e energia elétrica
Por Brasil Econômico |
A inflação no mês de julho ficou em 0,36%, o maior índice para o mês desde 2016, quando registrou 0,52%. A taxa foi influenciada, sobretudo, pelos preços da gasolina e da energia elétrica , que passaram por reajustes durante o mês.
Os dados foram divulgados na manhã desta sexta-feira (7) pelo I
nstituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE
), e compõem Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA
). No acumulado de 2020, o índice chega a 0,46% - no mesmo período do ano passado, a taxa foi de 0,19%.
O maior impacto para a alta da inflação no mês de julho foi causado pelos transportes, sendo a gasolina a maior responsável por puxar a taxa para cima. O item teve alta de 3,42% em julho.
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“A gasolina continua revertendo o movimento que teve nos meses de abril e maio. Já havia subido em junho e voltou a subir em julho. Além disso, houve uma queda menos intensa das passagens aéreas em comparação com maio e junho”, explica Pedro Kislanov, gerente da pesquisa.
A segunda maior contribuição individual para o IPCA de julho foi a energia elétrica , que variou 2,59%.
Preços subiram
A pesquisa se divide em 16 regiões do país, e todas elas registraram aumento dos preços no mês de julho. O menor índice ficou com a região metropolitana de Vitória, com inflação de 0,21%. Já o maior resultado foi no município de Rio branco, com taxa de 0,75%.
A alimentação foi o item que mais se manteve estável em todo o país durante o mês de julho, variando apenas 0,01%. Carne, leite, arroz e frutas registraram alta nos preços, equilibrados pela queda da batata, cenoura e tomate.
A maior queda no mês de julho, porém, foi da categoria vestuário, que caiu 0,52%. Esse foi o terceiro mês consecutivo de queda no grupo. “Pode estar relacionado à baixa demanda por conta da pandemia”, sugere Kislanov.