Golpe do cartão de crédito dá prejuízos pelo Brasil: não caia
O golpista telefona e se passa por uma operadora de cartões ou agência bancária; vítima é orientada a entregar o cartão a um motorista
Por Brasil Econômico |
Um golpe que rouba valores de cartões de crédito tem afetado pessoas pelo Brasil, principalmente idosos. A organização criminosa é de São Paulo, mas tem praticado crimes em diversas cidades, como nos estados do Mato Grosso, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Na terça-feira (4), a Polícia Militar mineira prendeu um integrante de grupo de estelionatários em Belo Horizonte. Foram apreendidos seis cartões, quatro maquininhas, R$ 3 mil em dinheiro, um celular e um papelote de cocaína. Essa prisão possibilitará à Polícia Civil chegar aos líderes da quadrilha, em São Paulo.
Na cidade de Sinop (MT), um homem de 79 anos teve prejuízo de R$ 5 mil depois de cair no golpe. Na capital do Rio de Janeiro, uma idosa também foi vítima do golpe do cartão e perdeu cerca de R$ 11 mil. Em ambos os casos, as vítimas relataram que a ligação era de São Paulo.
No Mato Grosso, um homem e uma mulher foram presos no mês passado pela Polícia Civil suspeitos de integrarem a quadrilha de São Paulo. No MT, nove pessoas foram vítimas do crime e o valor do prejuízo é superior a R$ 20 mil. Foram apreendidas nove máquinas de cartão, documentos, dinheiro (valor não informado), porções de maconha, entre outros materiais.
Como funciona o golpe: fuja desse contato
A vítima recebe um telefonema. O golpista que liga se passa por uma operadora de cartões ou agência bancária, orienta a vítima a passar os dados do cartão de crédito e confirmar dados. Durante a chamada, o estelionatário diz que o cartão de crédito da pessoa está inoperante. Então, a vítima é orientada a entregar o cartão a um motorista, supostamente da operadora ou banco, mas que é ligado à quadrilha.
Os golpistas dizem também que procedimento seria levar o cartão na agência, mas devido à pandemia, um funcionário vai à casa da vítima buscá-lo.
O motorista passa na casa da vítima, pega o cartão – se passando por funcionário da falsa operadora, que ligou anteriormente –, e leva para a organização criminosa, fazendo a clonagem do cartão. Então, os valores são retirados da conta da vítima. Algumas vítimas relatam que os estelionatários pedem inclusive a senha do cartão, prometendo o suposto desbloqueio.
O estelionatário preso em Minas confessou o crime e levou os policiais a dois hotéis, onde ele e o parceiro de golpe estavam hospedados. Nos quartos foram encontrados os cartões e as máquinas de clonar cartões.