‘Vamos conversar’, diz Mourão sobre empresários que pedem combate a desmatamento

Desmatamento recorde em junho na Amazônia: Mourão reconheceu que ações começaram tarde e diz que continuará com o trabalho até 2022

Mourão voltou a falar sobre os problemas de desmatamento na Amazônia
Foto: Adnilton Farias/VPR - 21.05.2019
Mourão voltou a falar sobre os problemas de desmatamento na Amazônia

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta sexta-feira (10) que vai tocar ponto por ponto e apresentar as medidas que o governo está tomando no combate ao desmatamento na reunião com empresários brasileiros que assinaram uma carta pedindo ao governo que combate o desmatamento na Amazônia.

— Vamos pegar aqueles seis pontos que foram colocados na carta dos empresários e vamos tocar um por um e ver as medidas que o governo está tomando. Ali eles colocam que querem apoiar, vamos ver qual apoio eles podem dar.

A reunião com os empresários acontece um dia depois de outra reunião sobre o mesma tema, mas com investidores internacionais que também assinaram uma carta mostrando preocupação com a situação ambiental no país. Nesta reunião, Mourão pediu financiamento para a Amazônia e os investidores disseram querer ver resultados.

Na reunião que vai acontecer na tarde desta sexta-feira, Mourão disse que também irá comentar o desmatamento recorde em junho, alertado pelo Inpe. O vice-presidente admitiu que as ações começaram tarde para o desmatamento, mas terão resultado em relação às queimadas.

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— Um dos primeiros itens é o combate ao desmatamento, nós viemos efetuando desde maio, Já coloquei, várias vezes, que as ações contra o desmatamento tinham que ter começado em dezembro do ano passado, que é quando ele quando começa efetivamente. Vamos prosseguir nesse tipo de trabalho até o fim de 2022 ou até que a turma que desmata se dê conta de que não dá mais para fazer isso.

Questionado sobre a quantidade pequena de fiscais ambientais, o vice-presidente disse que isso teria que ser solucionado e sugeriu que quadros administrativos dos órgãos ambientais sejam transferidos para o trabalho de campo.

— Um faz concurso para fiscal, ou outro para agente administrativo. Por que que em determinado momento eu não posso chamar os administrativos que estão em excesso e dizer “olha aqui, vamos passar para o lado da fiscalização? Hoje não tenho flexibilidade para isso.

Na noite de quinta-feira, o governo prorrogou o uso das Forças Armadas no combate a queimadas na Amazônia. A chamada “Operação Verde Brasil” faz ações preventivas e repressivas contra crimes ambientais. Mourão disse que o Congresso vai precisar aprovar um crédito extraordinário para financiar a extensão da operação.

— Vamos lembrar que até agora as Forças Armadas não receberam um centavo. Tem uma notícia circulando que só executaram só 0,7%. Não, não recebemos nada. A (Ministério da) Economia vai ter que enviar um projeto de lei ao Congresso pedindo crédito extraordinário porque não temos recursos para colocar.