Azul, Gol e Latam aderem a socorro do BNDES que renderá R$ 2 bilhões para cada

Ajuda de R$ 6 bilhões será capitaneada pela instituição e por bancos privados

Gol, Azul e Latam aderiram a plano de socorro bilionário do BNDES com participação de bancos privados
Foto: Divulgação/Gol
Gol, Azul e Latam aderiram a plano de socorro bilionário do BNDES com participação de bancos privados

As companhias aéreas Gol, Azul e Latam aderiram ao socorro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao setor, informou nesta sexta-feira (15) o presidente do banco, Gustavo Montezano. A ajuda total será de R$ 6 bilhões, abaixo dos R$ 10 bilhões previstos.

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De acordo com a proposta, o BNDES e um grupo privado de bancos — formado por Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil — ofereceu a Gol, Latam e Azul um crédito de R$ 2 bilhões para cada uma. O prazo final para uma resposta era esta sexta.

Segundo uma fonte do setor que não quis se identificar, a oferta de R$ 2 bilhões para cada empresa é um instrumento financeiro híbrido. Desse valor, 75% serão via debêntures (títulos de dívida) com taxa de juros pré-fixada. Os 25% restantes poderão ser convertidos em ações das companhias.

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"O instrumento que foi desenhado pelos bancos prevê um fôlego financeiro às companhias até o primeiro trimestre de 2021. Isso é bom para as empresas aéreas, que não terão muita diluição em suas ações", analisou a fonte.

As companhias aéreas tiveram queda superior a 90% no fluxo de passageiros por causa da pandemia.

Nesta semana, a Azul anunciou prejuízo líquido de R$ 6,14 bilhões no primeiro trimestre , contra um lucro líquido de R$ 125,3 milhões no mesmo período de 2019.

Além disso, na quarta-feira, a companhia fechou um acordo com a Embraer para o  adiamento da entrega de 59 aeronaves do modelo E195-E2. Com valor total estimado em R$ 24,5 bilhões, a encomenda faz parte de um pedido de 75 aviões feito antes da crise no setor provocada pela pandemia de Covid-19. Cinco já foram entregues.

Com o adiamento, a chegada dos aviões restantes, que estava prevista para o período de 2020 a 2023, ficará para depois de 2024.