Consequências econômicas serão maiores que 5 ou 7 mil mortes, diz dono do Madero
Junior Durski, empresário bolsonarista, defende que o fechamento do comércio terá impactos maiores que a epidemia no médio e longo prazo
Por Brasil Econômico |
O empresário Junior Durski, dono do Madero e de outros restaurantes e apoiador de Jair Bolsonaro, compartilhou um vídeo nesta segunda-feira (23) em seu Instagram defendendo que as consequências econômicas causadas pelas medidas restritivas adotadas na luta contra o novo coronavírus serão "maiores do que os 5 ou 7 mil que vão morrer".
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"O Brasil não pode parar dessa maneira. O Brasil não aguenta. Tem que ter trabalho, as pessoas têm que produzir, têm que trabalhar. O Brasil não tem que essa condição de ficar parado assim. As consequências que teremos economicamente no futuro vão ser muito maiores do que as pessoas que vão morrer agora com o coronavírus", defendeu o dono do Madero no vídeo.
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Durski completa ainda que o País "não pode parar por cinco ou sete mil mortes". Como ele argumento, o empresário cita que, em 2018, "morreram mais de 57 mil pessoas assassinadas no Brasil, morreram mais de seis mil pessoas por desnutrição, por fome no Brasil", como se a reação ao novo coronavírus fosse superdimensionada, já que muitos brasileiros morrem anualmente, mas sem contar que esses problemas, já existentes, seriam somados à epidemia, não substituídos.
O sócio do apresentador Luciano Huck e apoiador Bolsonaro diz ainda que "não podem simplesmente os infectologistas decidirem que tem que todo mundo parar, independente das consequências gravíssimas que a economia no Brasil vai ter". Segundo ele, tem de haver um "controle" sobre as restrições em meio ao coronavírus. "Não tem como fechar tudo, se esconder do inimigo e não trabalhar", prega.
Para ele, caso os controles sobre a economia permaneçam, o número de desempregados no Brasil pode atingir 40 milhões em 2021, o que, segundo ele, pode causar novas mortes. "Estou preocupado com o Brasil, com a situação toda, com o pequeno empresário, o vendedor de pipoca, a pessoa que tem um mercadinho, um restaurantinho, um barzinho, esse vai quebrar e não vai ter o que fazer. Estou preocupado com os 30 milhões que não terão emprego em 2021. Tem que ser mais realista para esse negócio todo", afirmou.
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O empresário garante que vai manter o emprego de seus cerca de 8 mil funcionários e que tem condições de manter seus estabelecimentos fechados por até seis meses. "Eu sei que temos que chorar e vamos chorar pelas pessoas que morreram por conta do coronavírus. Vamos isolar os idosos, aqueles com problemas de saúde, mas não podemos parar por conta de 5 mil pessoas que vão morrer", conclui.