Em dia de caos global dos mercados, dólar dispara e se aproxima de R$ 4,80

Queda expressiva do petróleo e avanço do coronavírus são principais razões da agitação

Foto: Reprodução
Dólar tem forte alta e se aproxima de R$ 4,80 nesta segunda-feira (9)

O dólar dispara nesta segunda-feira (9) e opera com forte alta desde a abertura do mercado, em dia marcado pela forte queda do preço do petróleo e o avanço do coronavírus pelo mundo. O caos dos mercados é global, favorecendo moedas fortes, como a norte-americana, que se valoriza.

Leia também: Bolsas globais afundam com guerra de preços do petróleo e avanço do coronavírus 

No início desta manhã, o Banco Central cancelou um leilão de até US$ 1 bilhão em swaps que estava previsto, e aumentou a oferta anunciando outro leilão do mesmo tipo, mas com oferta de até US$ 3 bilhões, buscando conter a alta do dólar .

Na máxima do dia, a moeda norte-americana chegou a atingir R$ 4,7906, com uma alta bem acima de 3%. Às 10h01, passado o auge da valorização da manhã, o dólar segue com alta expressiva, a R$ 4,7475 (+2,61%).

Na última sexta-feira (6), a moeda teve a primeira queda após 12 altas seguidas, e fechou a R$ 4,6343 (-0,36%), interrompendo os recordes sucessivos. Na semana passada, a alta acumulada foi de 3,42%, levando o resultado de 2020 a 15,57%. Desde a sua criação, o Real nunca valeu tão pouco em relação ao dólar.

Petróleo é principal motivador da alta do dólar nesta segunda

Após a Arábia Saudita cortar o valor de venda do barril de petróleo e sinalizar o início de uma guerra de preços entre os principais produtores do mundo, o resultado foi imediato.

O petróleo teve sua maior queda diária desde a Guerra do Golfo (1990 e 1991), chegando a superar os 31%, e nesta segunda a queda ainda supera os 20%.

Leia também: Preço do petróleo tem maior queda diária desde a Guerra do Golfo

A relação entre Arábia Saudita e Rússia em relação ao petróleo se estremeceu após as negociações com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) não trazerem bons frutos sobre reduções de produção, em um cenário apontado como o de queda da demanda por petróleo. A razão para o atrito e a redução da busca pelo petróleo foi motivada pelo coronavírus , outro grande motivador do caos dos mercados globais.