No Brasil, 57% acham que capitalismo faz mais mal do que bem, diz estudo

País fica na 12ª posição entre os mais insatisfeitos com o sistema no mundo

Foto: Pixabay/Reprodução
Principal problema apontado no sistema é a sensação de injustiça.


A confiança nas instituições da sociedade no capitalismo está abalada. Apesar do forte desempenho econômico de diversos países, o sistema capitalista "está fazendo mais mal do que bem para a sociedade". É o que acreditam 56% dos 34 mil entrevistados em um  estudo feito pela empresa de consultoria e relações públicas Edelman em 28 países.

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No Brasil, a fatia dos que concordam com a afirmação é de 57%, próxima da média mundial, o que coloca o país na 12ª posição entre os mais insatisfeitos com o sistema. Tailândia e Índia lideram, com 75% e 74%, respectivamente. Os mais contentes são Japão (35%), Hong Kong (45%) Coreia do Sul (46%), Estados Unidos e Canadá (47%).

Em todo o mundo, apenas 18% estão satisfeitos com o capitalismo, enquanto 34% não sabem dizer e 48% dizem que “não está funcionando” para eles. O principal problema apontado é a sensação de injustiça, citado por 74%, seguido pelo desejo de mudança (73%), a falta de confiança (66%) e a falta de esperança (26%).

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O levantamento revela que 53% dos ouvidos têm uma perspectiva negativa para a economia e não acreditam que estarão em uma situação melhor do que a atual nos próximos cinco anos.

O Japão foi o mercado mais pessimista, com apenas 15% dizendo que a situação estará melhor em cinco anos, seguido pela França com 19% e pela Alemanha com 23%.

O país mais otimista foi o Quênia, em que 90% dos entrevistados disseram que as condições vão melhorar em meia década. A Indonésia ficou em segundo lugar com 80% e Índia e Colômbia empataram em terceiro com 77%.

No Brasil, 62% dos brasileiros temem "perder o respeito e a dignidade" que um dia tiveram no país. Na média mundial, a porcentagem é de 57%. O fator que pode levar ao desemprego mais temido é a falta de habilidades ou treinamento, citada por 68%, seguido pela possibilidade de recessão (67%).

O estudo aponta ainda para a falta de confiança nos líderes atuais. Em todo o mundo, 66% dizem não confiar que eles conseguirão conduzir com sucesso os desafios em seus países.

As pessoas muito ricas (36%), os governantes (42%) e os líderes religiosos (46%) são as lideranças com menor percentual de confiança. Os cientistas (80%), pessoas da comunidade local (69%) e cidadãos (65%) aparecem na outra ponta, como os mais confiáveis.