Mercado reduz estimativa da inflação e projeta queda da Selic

A estimativa da inflação, divulgada no boletim Focus, foi reduzida para 3,47%; projeção está abaixo da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional

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Cai a estimativa da inflação para 2020


A estimativa da inflação para este ano foi reduzida pelas instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) . A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA ), a inflação oficial do país, caiu de 3,56% para 3,47%. Os dados são do boletim Focus , pesquisa semanal divulgada pelo BC. 

Para 2021, a estimativa de inflação se mantém em 3,75%. A previsão para os anos seguintes também não teve alterações: 3,50% em 2022 e 2023.

A projeção para 2020 está abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional , é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

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Selic

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic , atualmente definida em 4,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária ( Copom ).

De acordo com o boletim, a Selic deve cair para 4,25% ao ano até o fim de 2020. Quando o Copom reduz a Selic, como espera o mercado financeiro, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica .

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Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já a manutenção da Selic indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação.

Para 2021, a expectativa é que a taxa básica suba para 6,25%. Para 2022 e 2023, as instituições estimam que a Selic termine os períodos em 6,5% ao ano.

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Atividade econômica

A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – se mantém em 2,31% para 2020. As estimativas das instituições financeiras para os anos seguintes, 2021, 2022 e 2023 também continuam em 2,50%.

A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar está em R$ 4,10 para o fim deste ano e R$ 4,00 para 2021.