Contrariando promessa, governo Bolsonaro não deverá deixar contas no azul

De acordo com estudo da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, superávits só devem aparecer em 2026, quatro anos além do prometido

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Jair Bolsonaro e Paulo Guedes

O então candidato Jair Bolsonaro prometeu, durante a campanha eleitoral de 2018, zerar o rombo das contas públicas em quatro anos, ou seja, em seu primeiro mandato. Passado um ano de governo, porém, as tendências e números indicam que essa promessa não deverá ser cumprida até 2022.

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De acordo com a Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, os superávits só devem aparecer a partir de 2026, quatro anos (ou um mandato presidencial) após a promessa de Bolsonaro sobre o rombo das contas públicas .

Em abril, quarto mês de governo Bolsonaro , o Fundo Monetário Internacional (FMI) chegou a prever as contas brasileiras em azul já em 2022, mas, mesmo com déficit deste ano abaixo da meta fiscal deste ano, o IFI aponta para a recuperação somente em 2026. Segundo o Tesouro Nacional, o resultado positivo deve vir em 2023.

Para 2019, a meta fiscal autorizava um rombo de até R$ 139 bilhões nas contas do Governo Central (Tesouro, Banco Central e INSS). A equipe econômica chefiada pelo ministro Paulo Guedes , porém, aposta em déficit inferior a R$ 80 bilhões.

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No ano que vem, a meta é de um déficit de R$ 124,1 bilhões, 1,53% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país.