Após privatização, lucro da BR Distribuidora cresce e chega a R$ 1,3 bilhão
Companhia divulgou resultado trimestral apontando aumento de 23,9% em relação ao mesmo período de 2018 e de 342% em três meses; entenda
Por Agência O Globo |
12/11/2019 12:09:26Nos primeiros três meses como empresa privada, a BR Distribuidora registrou lucro líquido de R$ 1,336 bilhão, um aumento de 23,9% em relação a igual período de 2018 e 342% superior ao segundo trimestre do ano, conforme resultado divulgado pela companhia.
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A antecipação dos recebíveis da Amazonas Energia , distribuidora da Eletrobras que foi privatizada, referente à venda de combustível, teve impacto positivo no caixa da companhia, gerando um efeito positivo no lucro Líquido de R$ 940 milhões, de acordo com a divulgação. O total de recebíveis somou R$ 1,4 bilhão no período de julho a setembro. Segundo a BR Distribuidora , o recebimento dos recursos foi um "importante passo na gestão de caixa" da companhia.
No período de janeiro a setembro de 2019, o lucro líquido acumulado foi de R$ 2,115 bilhões, 33,2% a mais que o mesmo período do ano passado.
Segundo a companhia, a recuperação das margens “implementada ao longo do trimestre foi o principal responsável para chegar a um Ebitda ajustado - lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização - de R$ 771 milhões, registrando um crescimento de 43% em relação ao segundo trimestre de 2019 e de 22,2% se comparado ao terceiro trimestre de 2018.”
As receitas operacionais extraordinárias beneficiaram também os resultados do terceiro trimestre em aproximadamente R$ 73 milhões.
De acordo com a distribuidora , o volume total de vendas foi 4,9% maior na comparação com o trimestre anterior, principalmente em função do crescimento das vendas de diesel (+6%), produtos do ciclo otto (1%) e dos produtos de aviação (8%).
Em nota, a BR Distribuidora ressaltou que está “concentrada na implementação de sua agenda de valor com base nas dez iniciativas que visam aumentar sua rentabilidade” e destacou que uma das ações foi o lançamento do plano de transformação organizacional, que passará pela revisão de toda a estrutura da companhia e entrará em vigor a partir 1º de janeiro de 2020.
A companhia destacou também o lançamento na semana passada do Programa de Desligamento Optativo (PDO) para todos os funcionários. Com custos de implantação na ordem de R$ 780 milhões, a estimativa é de uma economia anual de aproximadamente R$ 650 milhões, e sua conclusão ao longo de 2020. A adesão ao plano poderá ser feita entre 12 e 19 de novembro, e os desligamentos serão efetivados em 10 de dezembro.
Em uma operação realizada no mercado de ações em julho deste ano, a Petrobras privatizou a BR Distribuidora ao vender parte de suas ações na companhia, reduzindo sua participação 72% para 41%.
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O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco , tem dito que no próximo ano pretende realizar nova operação no mercado de ações para reduzir ainda mais a participação da estatal na companhia distribuidora de combustíveis.