No início da madrugada desta quarta-feira (11), os trabalhadores dos Correios entraram em greve nacional por tempo indeterminado. Os funcionários dizem que o governo e a direção da estatal querem reduzir salários e benefícios para diminuir custos e privatizar os Correios.
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A categoria é contra a proposta de reajuste salarial de 0,8% feita pelos Correios
. Além disso, os funcionários criticam retirada de pais e mães do plano de saúde, a exclusão do vale cultura, a redução do adicional de férias de 70% para 33% e o aumento da mensalidade do convênio médico e da coparticipação em tratamentos de saúde.
"A empresa quer retirar benefícios que vão trazer um prejuízo anual ao trabalhador entre 7 e 8 mil reais. Não estamos nem pedindo aumento real do salário, apenas a reposição da inflação e a manutenção dos benefícios", diz Pedro Alexandre, diretor de imprensa dos sindicato dos Correios no Rio.
A federação nacional do sindicato dos Correios diz que assembleias em São Paulo, Rio de Janeiro, Bauru, Tocantins e Maranhão aprovaram a greve .
Em nota, os Correios dizem que participaram de dez encontros na mesa de negociação com os representantes dos trabalhadores , quando foi apresentada a real situação econômica da estatal e propostas para o Acordo dentro das condições possíveis, considerando o prejuízo acumulado na ordem de R$ 3 bilhões. Mas as federações, no entanto, expuseram propostas que superam até mesmo o faturamento anual da empresa, "algo insustentável para o projeto de reequilíbrio financeiro em curso pela empresa".
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"No momento, o principal compromisso da direção dos Correios é conferir à sociedade uma empresa sustentável. Por isso, a estatal conta com os empregados no trabalho de recuperação financeira da empresa e no atendimento à população", finaliza a nota.