Negociações entre EUA e China e avanço da Previdência derrubam dólar a R$ 4,07

Comunicado do ministério do Comércio da China indicou acordo para que as duas maiores economias do mundo trabalhem juntas por resolução; confira

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Dólar comercial é negociado abaixo de R$ 4,10 nesta quinta-feira

A possibilidade de um entendimento comercial entre China e Estados Unidos faz com que o dólar comercial ceda e opere abaixo do patamar de R$ 4,10 nesta quinta-feira (5), dia que sucede ainda o avanço da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Às 10h30, a moeda norte-americana era negociada com queda de 0,44%, valendo R$ 4,0769. Também às 10h30, o Ibovespa operava com alta de 0,90%, atingindo 102.109 pontos.

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Após a entrada em vigor de mais uma rodada de tarifas entre as duas potências, em primeiro de setembro, os governos de Washington e Pequim decidiram concordaram em ter uma reunião no início de outubro, na capital americana, para tratar de questões comerciais.

O acordo foi costurado por meio de uma ligação entre o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, o representante de comércio dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin.

"Ambos os lados concordaram que deveriam trabalhar juntos e adotar ações práticas para criar boas condições para discussões", afirmou o ministério do Comércio da China, por meio de comunicado.

Diante deste cenário, as Bolsas da Ásia fecharam em alta. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 1,0%. No Japão, o índice Nikkei avançou 2,12%.

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A agenda doméstica também contribui para um bom rumo no mercado neste pregão. Após longo debate, o colegiado do Senado aprovou a proposta de reforma da Previdência por 18 votos a 7. No entanto, o custo foi a desidratação de R$ 63 bilhões em 10 anos após mudanças feitas pelo relator Tasso Jereissati (PSDB/CE).