Governo pode autorizar saques de até R$ 500 do FGTS em 2019
Segundo fontes, regras para a retirada periódica dos recursos só vão valer a partir de 2020. Saque emergencial deve acontecer a partir de setembro
Por Agência O Globo |
22/07/2019 19:22:48O governo decidiu liberar um saque emergencial de até R$ 500 nas contas do FGTS a partir de setembro. Segundo interlocutores da área econômica, esse vai ser o limite autorizado para 2019. Assim, só em 2020 valerão as regras para a retirada periódica de recursos do Fundo.
A partir do ano que vem, os saques
devem variar de acordo com o valor do saldo da conta de cada trabalhador. O percentual pode variar de 10% a 35%, sendo que, quem tem mais dinheiro terá um percentual menor a sacar.
Mais: Bolsonaro avalia reduzir multa de 40% do FGTS em demissões sem justa causa
A liberação dos recursos do FGTS é uma das formas encontradas pelo governo para estimular a atividade econômica num momento em que o PIB está praticamente estagnado. A previsão oficial do governo é de um crescimento de apenas 0,8% em 2019.
O saque, no entanto, é limitado para evitar uma descapitalização do Fundo, que financia
habitação e obras de infraestrutura.
Extrato: Governo deve liberar recursos do FGTS; saiba como consultar o saldo de sua conta
"Não é repeteco"
O secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues , disse nesta segunda-feira (22) que as mudanças no FGTS que o governo vai anunciar nesta semana não serão “um repeteco” das realizadas pelo governo Michel Temer. Segundo ele, as medidas serão de curto e médio prazo .
Ele negou ainda que o governo planeje, agora, mexer na multa de 40% sobre o Fundo paga a trabalhadores demitidos sem justa causa. Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro negou que o governo esteja planejando acabar com a multa de 40% paga sobre o saldo do FGTS em caso de demissão sem justa causa.
Viu isso? Líder de caminhoneiros cobra reajuste de 30% a 35% na tabela de frete
"Eu não falei que ia acabar com a multa, até porque não tenho poder para isso, passaria pelo Parlamento. Não existe isso aí", disse o presidente.
No entanto, na última sexta-feira, Bolsonaro afirmou que a multa atrapalha o emprego , sinalizando que defenderia o fim da gratificação . Depois, no domingo, disse que o governo "pode pensar", no futuro, em reduzir a multa.