Foto: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Demissão de Joaquim Levy da presidência do BNDES colabora para instabilidade no mercado financeiro
O comportamento da divisa é influenciado pelos recentes acontecimentos envolvendo o cenário doméstico, como as críticas entre o ministro da Economia e o presidente da Câmara, além da recente demissão de Joaquim Levy
da presidência do BNDES.
"O embate entre Maia e Guedes segue repercutindo no mercado. Somou-se a isso a saída do presidente do BNDES neste domingo. Os nomes cogitados
para assumir a presidência do banco são bem vistos pelo mercado, mas não pegou muito bem o comentário de que a permanência de Levy estava por um fio", destacou Álvaro Bandeira, economista-chefe do banco Modalmais.
Além das questões políticas, a semana será mais curta por conta do feriado de Corpus Christi e com uma agenda bem densa de indicadores econômicos. Haverá reuniões tanto do Banco Central do Brasil (BC) quanto do Federal Reserve (o BC dos Estados Unidos).
"A semana será curta e pesada, com muitas reuniões e divulgações econômicas. É possível que haja surpresas sobre a taxa de juros
tanto nos EUA quanto aqui no Brasil. Mas, inicialmente, a expectativa é de que as taxas de juros sejam mantidas", disse Bandeira.
Os economistas destacam que, mesmo em meio a estes recentes acontecimentos,
é possível que o quadro positivo em relação ao câmbio continue ao longo o pregão nesta segunda. Mas pontua, entretanto, que a qualquer novo atrito a situação pode ser invertida e o dólar
voltar a subir.