Após demissão de Levy e embates entre Maia e Guedes, dólar opera instável

Investidores avaliam recentes atritos entre os poderes Executivo e Legislativo e moeda norte-americana fica cotada próxima aos R$ 3,90

O dólar comercial voltou a operar de forma instável nesta segunda-feira (17). A moeda americana abriu os negócios em alta, mas agora opera com queda de 0,25%, a R$ 3,89.

Foto: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Demissão de Joaquim Levy da presidência do BNDES colabora para instabilidade no mercado financeiro

O comportamento da divisa é influenciado pelos recentes acontecimentos envolvendo o cenário doméstico, como as críticas entre o ministro da Economia e o presidente da Câmara, além da recente  demissão de Joaquim Levy da presidência do BNDES.

"O embate entre Maia e Guedes segue repercutindo no mercado. Somou-se a isso a saída do presidente do BNDES neste domingo. Os  nomes cogitados para assumir a presidência do banco são bem vistos pelo mercado, mas não pegou muito bem o comentário de que a permanência de Levy estava por um fio", destacou Álvaro Bandeira, economista-chefe do banco Modalmais.

Além das questões políticas, a semana será mais curta por conta do feriado de Corpus Christi e com uma agenda bem densa de indicadores econômicos. Haverá reuniões tanto do Banco Central do Brasil (BC) quanto do Federal Reserve (o BC dos Estados Unidos).

"A semana será curta e pesada, com muitas reuniões e divulgações econômicas. É possível que haja surpresas sobre a taxa de juros tanto nos EUA quanto aqui no Brasil. Mas, inicialmente, a expectativa é de que as taxas de juros sejam mantidas", disse Bandeira.

Os economistas destacam que, mesmo em meio a estes recentes acontecimentos, é possível que o quadro positivo em relação ao câmbio continue ao longo o pregão nesta segunda. Mas pontua, entretanto, que a qualquer novo atrito a situação pode ser invertida e o dólar voltar a subir.

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