Petrobras "pouco pode fazer" por preço do diesel e caminhoneiros, diz presidente
Segundo Castello Branco, apenas os reajustes em períodos mais longos e cartão caminhoneiro não ajudam, já que há mais caminhões do que serviços
Por Brasil Econômico |
11/06/2019 13:03:41
O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse nesta terça-feira (11) que a estatal já fez tudo o que poderia em relação à situação dos caminhoneiros, que reclamam do preço do diesel.
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Segundo Castello Branco, além das medidas já tomadas, a estatal "pouco pode fazer" pelos caminhoneiros . “A Petrobras pouco pode fazer. Nós procuramos agir proativamente. Acabamos com o reajuste diário, nossos reajustes são em períodos mais longos. Lançamos, nos postos da BR distribuidora, o Cartão Caminhoneiro", listou.
O presidente ressaltou que o cartão caminhoneiro " garante que o preço do diesel não vai mudar durante 30 dias. Ele tem uma proteção contra a variação do preço do diesel por 30 dias”, disse.
Mesmo assim, segundo ele, apenas o tempo de reajuste não vai mudar a situação dos caminhoneiros como um todo. "É uma situação clássica de desequilíbrio entre oferta e demanda. Tem mais caminhão do que serviços no mercado. Há muito caminhão batendo lata nas estradas O tabelamento de frete agravou essa situação. Muito empresário do agronegócio resolveu criar sua própria frota”, explicou o presidente da Petrobras .
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Castello Branco acrescentou, ainda, que enquanto a frota de caminhões cresceu 47,3% entre 2008 e 2017, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu apenas 10% no mesmo período. De acordo com ele, a frota dos caminhoneiros autônomos é mais velha do que a das empresas, o que resulta em mais gastos com manutenção e com combustível.