Presidente do BNDES não descarta moeda única entre Brasil e Argentina

Para Joaquim Levy, a proposta é interessante e, no caso da Europa e do euro, proporcionou um impulso de integração, mas precisa ser melhor estudada

'É um tema interessante, mas temos que ver [se no Brasil] as condições são similares [às da Europa]', disse Joaquim Levy
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
'É um tema interessante, mas temos que ver [se no Brasil] as condições são similares [às da Europa]', disse Joaquim Levy

O presidente do BNDES, Joaquim Levy, se pronunciou a respeito da criação de uma moeda única entre Brasil e Argentina , chamada até então como "peso real". O economista não descartou a possibilidade da criação de uma divisa única entre os dois países, mas destacou que é necessário uma análise mais detalhada para a implementação da medida.

"Ainda não estudei esse tema. Em áreas em que você tem livre-comércio, onde você tem convergência fiscal de políticas econômicas, é uma experiência que temos acompanhado nos últimos 20 anos com o euro . Sem dúvida nenhuma é um tema interessante, complexo, e no caso da Europa criou um grande impulso de integração. Temos que ver [se no Brasil] as condições são similares", justificou Levy.

Ao ser perguntado se estava animado com a proposta de moeda única , Levy ressaltou tratar-se de uma decisão política e que Guedes, assim como ele, reconhece a necessidade de políticas fiscais alinhadas. "Acho que é uma decisão política. Ele [Guedes] tem exatamente essa visão, de que exige convergência de políticas fiscais", declarou.

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O presidente do BNDES  participou de um almoço com o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta sexta-feira (7), no Country Club, na zona sul do Rio de Janeiro. Além das duas autoridades, também estavam presentes membros do Conselho Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri).