As centrais sindicais aproveitam as manifestações em prol da educação desta quinta-feira (30)
para mobilizar apoiadores e divulgar a greve geral marcada para o dia 14 de junho. A paralisação do próximo mês, porém, não se limita a reforçar o coro contra os cortes nas universidades e institutos federais: os objetivos incluem derrubar a reforma da Previdência e protestar contra as políticas adotadas pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL).
O endosso aos protestos pela educação – em especial às manifestações da UNE (União Nacional dos Estudantes) – estava previsto na agenda montada pelas centrais sindicais até o dia da greve geral, bem como a organização de plenárias estaduais para mobilizar apoiadores. Em diversos atos desta quinta, faixas de sindicalistas dividiram espaço nas ruas com os cartazes de movimentos estudantis.
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Em São Paulo, por exemplo, enquanto manifestantes chamavam atenção para os cortes na educação e o projeto Escola Sem Partido , centrais sindicais entoavam gritos contra a reforma da Previdência. "Temos certeza de que, junto com os estudantes, nós vamos unificar as duas pautas", disse Dagnaldo Gonçalves, diretor do Sindicato dos Metroviários de São Paulo. "Aqui a gente começa a construir a união para a greve geral planejada para 14 de junho".
As estratégias de comunicação e divulgação da greve geral foram discutidas no último dia 21 entre representantes das centrais sindicais. Segundo publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo , os departamentos de comunicação desenvolveram propostas para o material da campanha, que segue a linha da defesa da aposentadoria e da educação pública.
No dia anterior, dirigentes de centrais sindicais , representantes dos trabalhadores de transportes e da UNE se reuniram para conversar sobre a greve geral do dia 14. Na ocasião, ainda de acordo com o Estadão , os sindicalistas demonstraram otimismo depois dos protestos de 15 de maio, quando foram registrados atos em mais de 170 cidades em todo o País . Só em São Paulo, a estimativa foi de 250 mil manifestantes.