As bolsas asiáticas e européias iniciaram a semana com fortes perdas após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarar no domingo (5) que vai aumentar as tarifas sobre determinados produtos chineses .
Nesta segunda-feira (6), a bolsa de Xangai abriu o dia caindo 5,1%. Enquanto isso, a de Shenzen, a segunda mais importante da China, registrou uma queda ainda mais intensa, de 5,56%. Em Hong Kong, as ações desciam 3,7% pouco depois da abertura dos negócios.
O abalo no mercado financeiro não foi sentido apenas na Ásia. Apesar de apresentar quedas um pouco menores do que na Ásia , as bolsas europeias também registram perdas após as novas ameaças tarifárias de Trump .
A bolsa de Frankfurt, na Alemanha, iniciou o dia com recuo de 2,1%. Em Paris, as perdas chegaram a 2,2% enquanto as bolsas da Itália e da Espanha caem mais 1%.
O anúncio de Trump
....of additional goods sent to us by China remain untaxed, but will be shortly, at a rate of 25%. The Tariffs paid to the USA have had little impact on product cost, mostly borne by China. The Trade Deal with China continues, but too slowly, as they attempt to renegotiate. No!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 5 de maio de 2019
Ontem, o presidente dos Estados Unidos disse que aumentará de 10% para 25% a taxa de importação sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses a partir da próxima sexta-feira (10).
"Os 10% subirão para 25% na sexta-feira. US$ 325 bilhões em produtos adicionais enviados pela China permanecem sem taxas, mas em breve terão uma tarifa de 25%", escreveu Trump no Twitter.
Segundo o republicano, as negociações com o país asiático estão avançando "muito lentamente". "Eles estão tentando renegociar. Não!", acrescentou. Pequim já impõe uma sobretaxa recíproca de 10% contra US$ 110 bilhões em produtos americanos e pode anunciar uma nova retaliação.
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Os dois países estavam em trégua na guerra comercial desde 1º de dezembro, mas não conseguiram chegar a um acordo para encerrar a disputa tarifária. O objetivo de Trump é diminuir o déficit comercial com a China, que fechou 2018 em US$ 419 bilhões.