Rio de Janeiro e Fortaleza foram as capitais que mais fecharam vagas de trabalho formais em 2019. De janeiro a março, o saldo do emprego nessas cidades, que corresponde à diferença entre o número de admissões e desligamentos, foi de -7.028 e -5.192, respectivamente. Os números foram divulgados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) nesta quarta-feira (24).
Leia também: Funcionário debocha de currículos recebidos para seleção e é demitido; assista
O resultado negativo no Rio destoa do desempenho das demais capitais do Sudeste. São Paulo, por exemplo, criou 21.754 empregos com carteira assinada neste ano e lidera o ranking nacional. Belo Horizonte e Vitória, por sua vez, registraram saldo positivo de 6.447 e 441 novos postos de trabalho, nesta ordem, e ocupam a terceira e a décima posição na classificação geral.
Os números de Fortaleza, em contrapartida, condizem com os resultados negativos anotados em todo o Nordeste. Das cinco capitais que mais fecharam vagas formais em 2019, três são da região: a capital cearense, São Luís (-3.231) e Teresina (-2.994). Apenas Salvador, João Pessoa e Natal registraram saldo positivo, tendo criado 1.949, 26 e três vagas formais no período, respectivamente.
Leia também: Só há recursos para bancar o Minha Casa Minha Vida até junho, diz ministro
A única região onde todas as capitais mais contrataram do que demitiram foi a Centro-Oeste. Nos três primeiros meses do ano, Brasília , Goiânia, Campo Grande e Cuiabá foram responsáveis por criar, juntas, mais de 8,6 mil postos de trabalho com carteira assinada. É um saldo muito maior do que o registrado em todas as cidades das regiões Norte e Nordeste combinadas (-72.685).
Panorama nacional
Em 2019, o saldo do emprego em todo o País ainda está no azul. No total, 179.543 vagas com carteira assinada foram criadas no período, resultado das 4.112.356 contratações menos 3.932.813 desligamentos. O mês de março, porém, registrou o primeiro resultado negativo em três meses: -43.196.
Em nota divulgada hoje, o Ministério da Economia afirmou os números de março "não alteram a tendência de retomada gradual da economia", já que o acumulado do ano ainda é positivo. A pasta também aponta que a queda na criação de novos empregos é um reflexo do grande número de contratações registrado em fevereiro (173.139), "acima das expectativas".
A diferença entre os dois últimos meses, ainda de acordo com o ministério, aconteceu porque "os setores que normalmente admitiam nesta época do ano [março] anteciparam as contratações para fevereiro, e aqueles que demitiam concentraram as demissões em março", o que "provocou tendências opostas entre os meses."