Governo confirma fim do horário de verão em 2019

Possibilidade de não adotar a mudança já havia sido adiantada por Bolsonaro nesta sexta, após um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto

A decisão de não adotar o horário de verão foi adiantada por Bolsonaro e depois confirmada pelo porta-voz da Presidência
Foto: Alan Santos/Presidência da República
A decisão de não adotar o horário de verão foi adiantada por Bolsonaro e depois confirmada pelo porta-voz da Presidência

O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, confirmou nesta sexta-feira (5) que não haverá horário de verão neste ano.  A possibilidade já tinha sido adiantada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) pela manhã, durante um café com jornalistas no Palácio do Planalto, em Brasília.

Questionado sobre a possibilidade de o cancelamento do horário de verão ser estendido, Rêgo Barros respondeu que a mudança, por ora, é válida apenas para 2019. "Esta é a posição para este ano. Para o próximo ano, faremos avaliação posterior", explicou.

Ainda segundo o porta-voz, o Ministério de Minas e Energia fez uma pesquisa para saber a opinião popular sobre o horário de verão. Pouco mais da metade (53%) dos entrevistados pediu pelo fim da mudança anual que atinge estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

De acordo com dados do ministério, o Brasil economizou pelo menos R$ 1,4 bilhão desde 2010 por adotar o horário de verão. Só entre 2010 e 2014, segundo números já divulgados, o aproveitamento da luz do sol resultou em economia de R$ 835 milhões para os consumidores.

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No Twitter, Bolsonaro escreveu que estudos técnicos do governo apontam que os benefícios da adoção do horário de verão são "eliminados" por conta de fatores como iluminação mais eficiente e aumento do consumo de energia pela população. Segundo o presidente, o Ministério de Minas e Energia deve divulgar mais informações técnicas em breve.





O horário de verão foi instituído pelo então presidente Getúlio Vargas em outubro de 1931. Desde então, sua aplicação e o número de estados que o adotavam não seguiram um padrão específico. No mundo, Canadá, Nova Zelândia, Uruguai e outros 67 países, que representam cerca de um quarto da população total, aderem à mudança anualmente.