O presidente Jair Bolsonaro entregou, na manhã desta quarta-feira (20), a proposta de reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, para ser aprovada pelo Congresso Nacional. Ele estava acompanhado do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
Bolsonaro já havia anunciado que iria entregar o projeto de reforma da Previdência pessoalmente e foi recepcionado pelos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). A reunião para a entrega durou cerca de 20 minutos.
Até agora, o que se sabe sobre a nova Previdência são as idades mínimas estipuladas para a aposentadoria : de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres, em um período de transição de 12 anos. As informações foram confirmadas na manhã de hoje (20).
Outros detalhes da proposta não foram divulgados até o momento. A informação é de que técnicos da Previdência darão mais informações sobre o texto no fim da manhã.
A Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência adiantou, também, que Bolsonaro pode fazer um pronunciamento ainda hoje com mais detalhes sobre o projeto. Ainda não se sabe, no entanto, se o possível discurso será feito via rádio e TV ou pela internet, através de suas redes sociais oficiais.
Entenda o caminho da reforma da Previdência até a aprovação
Depois de entregue, a proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados e será discutida e votada em uma comissão especial da Casa. Então, segue para a aprovação do plenário, onde precisa conseguir, em dois turnos, no mínimo três quintos (ou seja, 308 votos) de posições favoráveis dos deputados.
Conseguindo a votação necessária, o projeto segue para o Senado Federal, onde também será discutido antes de ir para o plenário. Uma vez ali, precisa obter 49 votos favoráveis também em duas votações diferentes.
Na terça-feira (19), o vice-presidente Hamilton Mourão disse que imagina que a reforma já tenha cerca de 250 votos favoráveis na Câmara dos Deputados, e que eles ainda precisam conquistar "de 60 a 70 votos" de parlamentares indecisos. "A gente sabe que a oposição tem em torno de 150 votos [contra a reforma]. Então sobram 363 para serem garimpados. Acredito que temos 250. Então entre 60, 70 votos terão que ser buscados", calculou Mourão .
Entrega do projeto registrou prostestos
A oposição, contrária à proposta, protestou em frente ao gabinete da presidência da Câmara. Um grupo de deputados , usando aventais alaranjados e laranjas nas mãos, fez críticas à reforma da Previdência.
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