Boletim Focus: projeções para inflação e dólar caem e estimativa do PIB aumenta
Relatório divulgado pelo Banco Central estima queda na inflação e no dólar, além de melhora no PIB brasileiro; taxa básica de juros deve ficar em 6,5%
Por Brasil Econômico |
Analistas do mercado financeiro aumentaram a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e diminuíram as projeções da inflação em relatório divulgado nesta segunda-feira (29), pelo Banco Central (BC). As informações são do Boletim Focus.
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A previsão para a expansão do PIB brasileiro, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos pelo País, foi aumentada em 2 pontos percentuais. No último Boletim Focus
, feito na segunda-feira da semana passada (22), a projeção era de 1,34%. Agora, é de 1,36%.
A alta também foi registrada na estimativa para 2019, que passou de 2,49% para 2,50%. Para os anos de 2020 e 2021, a projeção permaneceu a mesma, em 2,50%.
O relatório também divulgou a expectativa de diminuição da inflação. Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do País, o mercado financeiro reduziu a previsão de 4,44% para 4,43% neste ano.
O número ainda fica um pouco abaixo da meta de inflação, que é de 4,5% em 2018, mas está dentro do intervalo de tolerância previsto, entre 3% e 6%.
Para 2019, a estimativa permaneceu em 4,22%, com tolerância entre 2,75% e 5,75%. Para 2020 e 2021, as projeções são de 4% e 3,95%, respectivamente, e têm tolerância de 1,5 ponto percentual para mais e para menos em ambos para atingir a meta.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
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Taxa Selic deve ser mantida até o fim do ano
Na terça (30) e na quarta-feira (31), o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reúne para decidir os rumos da Selic. Nas quatro últimas reuniões, a taxa foi fixada em 6,5% ao ano.
De acordo com o Boletim Focus, a Selic deve permanecer sem alterações até o fim deste ano. Já para 2019, deve subir e encerrar em 8% ao ano, a mesma expectativa registrada para 2020 e 2021.
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Os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, enquanto sua redução torna o crédito mais barato, o que incentiva a produção e o consumo. Não fazer manutenção da Selic, como prevê o mercado financeiro nesta semana, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação.
Dólar cai em 2018, segundo Boletim Focus
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O Boletim Focus também fez projeções para o dólar. A previsão para a cotação da moeda americana caiu de R$ 3,75 para R$ 3,71 no fim deste ano, e permanece em R$ 3,80 para 2019.