Boletim Focus: inflação sobe em 2018 e juros devem aumentar no ano que vem

Estimativa para a inflação registrou a sexta alta consecutiva e está próxima à meta estipulada pelo governo; em 2019, juros devem subir de 6,5% para 8%

Medidor de inflação do Banco Central projeta índice de acordo com a meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional
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Medidor de inflação do Banco Central projeta índice de acordo com a meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional


Analistas do mercado financeiro elevaram, pela sexta vez seguida, a expectativa para a inflação no Brasil. As informações são do Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (22).

Segundo o relatório, a  inflação  medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que estava projetada em 4,43% na  segunda-feira passada (15) , registrou leve alta de 0,01 ponto percentual nesta semana. Agora, a expectativa é de 4,44%.

Com a nova estimativa, o número fica mais próximo da meta de inflação de 4,5% estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2018. O índice tem margem de erro de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos e pode variar entre 3% e 6%.

A projeção do Banco Central para 2019 também foi ajustada, passando de 4,21% para 4,22%. Para este ano, a meta de inflação é de 4,25%, com intervalo de tolerância de 2,75% a 5,75%.

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Para 2020, a estimativa se manteve a mesma da semana passada, em 4%, podendo ficar dentro do intervalo de 2,5% e 5,5%. Já para 2021, a previsão de inflação caiu de 3,92% para 3,78%, com intervalo de tolerância de 2,25% a 5,25%.

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic). De acordo com a última projeção dos analistas, a Selic continuou registrando 6,5% ao ano, enquanto a previsão para 2019 também permaneceu em 8%, prevendo uma alta nos juros para o ano que vem.

Além da alta da inflação

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Além da alta da inflação, analistas do mercado financeiro indicam aumento da taxa de juros para o próximo ano


O Boletim Focus também divulgou previsões para outros medidores da economia, como o Produto Interno Bruto (PIB). Para este ano, a projeção de crescimento do Brasil permaneceu em 1,34%, a mesma registada na semana passada. Já para o ano que vem, a expectativa de expansão do mercado foi reduzida em 0,01 ponto percentual, de 2,50% para 2,49%. Os anos de 2020 e 2021 também mantiveram seus índices do último relatório, ambos com 2,50%.

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Além da inflação e do PIB, as expectativas para a taxa de câmbio do dólar também foram recalculadas. A projeção do mercado financeiro para a moeda americana foi de R$ 3,81 para R$ 3,75 em 2018, e se manteve estável para 2019, em R$ 3,80.