Desemprego já derrubou arrecadação da Previdência em R$ 15 bilhões neste ano

Somente no bimestre encerrado em agosto, o recolhimento líquido do RGPS, que envolve os trabalhadores da iniciativa privada, caiu R$ 1,95 bilhão

Segundo Mansueto Almeida, secretário do Tesouro Nacional, a previsão inicial de arrecadação da Previdência era de R$ 405 bilhões, mas as atuais projeções do governo indicam receitas na faixa de R$ 390 bilhões
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Segundo Mansueto Almeida, secretário do Tesouro Nacional, a previsão inicial de arrecadação da Previdência era de R$ 405 bilhões, mas as atuais projeções do governo indicam receitas na faixa de R$ 390 bilhões

A arrecadação líquida do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), que envolve os trabalhadores da iniciativa privada, caiu R$ 1,95 bilhão no bimestre encerrado em agosto. No acumulado do ano, segundo o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, a frustração de receitas para o setor está em cerca de R$ 15 bilhões.

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A informação foi confirmada nesta sexta-feira (21) durante a apresentação do Relatório de Receitas e Despesas do governo federal. Segundo Almeida, a previsão inicial de arrecadação da Previdência era de R$ 405 bilhões, mas as atuais projeções do governo indicam receitas na faixa de R$ 390 bilhões. 

De acordo com o secretário, o resultado abaixo do esperado está relacionado à lenta recuperação do emprego formal no país. "Isso se reflete na [queda] da massa salarial e consequentemente na arrecadação da Previdência", explicou.

A taxa de desemprego, segundo a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), abrange 12,3% da população economicamente ativa. O número representa um contingente de 12,9 milhões de pessoas sem trabalho no país.

Queda na Previdência, aumento nas receitas

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Apesar da queda na arrecadação de recursos da Previdência, houve aumento de R$ 3,9 bilhões nas receitas totais das União no quarto bimestre do ano (julho/agosto)


Apesar da queda na arrecadação de recursos da Previdência, houve aumento de R$ 3,9 bilhões nas receitas totais das União no quarto bimestre do ano (julho/agosto) em relação ao bimestre anterior (maio/junho).

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O aumento da arrecadação combinada com a redução no pagamento de despesas obrigatórias vai permitir que o governo libere mais R$ 4,12 bilhões para ministérios e outros órgãos públicos sem ultrapassar o limite de teto de gastos.   

Do lado das despesas, houve redução de R$ 1,1 bilhão em pagamentos de benefícios previdenciários nos dois últimos meses. Segundo estimativas apresentadas pelo secretário de Orçamento Federal, George Soares, em cerca de dois anos, o governo já conseguiu economizar R$ 10 bilhões em pagamentos de benefícios irregulares da Previdência Social.

"Houve um esforço de fazer a reavaliação desses benefícios, como revisão de cadastros, mutirão de médicos peritos para revisão de auxílio-doenças. Em termos acumulados, já rendeu algo em torno de R$ 10 bilhões", afirmou.

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Apesar da economia, segundo Soares, o corte de benefícios irregulares ocorre na margem dos gastos do setor e não resolve o problema da Previdência . No ano passado, de acordo com o próprio governo, foi registrado um déficit previdenciário nominal de R$ 182,4 bilhões - valor que representa um aumento de 21,8% em relação a 2016.


*Com informações da Agência Brasil