Volume de serviços prestados apresenta queda de 2,2% em julho, aponta IBGE
A queda na passagem de junho para julho foi acompanhada por quatro das cinco atividades investigadas para elaborar o índice. O destaque é a categoria transportes, serviços, auxiliares aos transportes e correios
Por Brasil Econômico |
O volume de serviços prestados em julho caiu 2,2% em relação ao mês anterior, após recuar 3,4% em maio e avançar 4,8% no mês de junho, na série com ajuste sazonal. O resultado consta na pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (14).
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Os serviços prestados também caíram 0,3% na comparação com julho de 2017. Essa é a quinta taxa negativa do ano nesse tipo de confronto. Outras variações negativas também podem ser verificadas no acumulado do ano, que ficou em 0,8%, e o dos 12 meses, ao passar do saldo negativo de 1,2% em junho para a queda de 1% em julho de 2018.
A pesquisa mostra que a queda na passagem de junho para julho foi acompanhada por quatro das cinco atividades investigadas para elaborar o índice, sendo o destaque a categoria "transportes, serviços, auxiliares aos transportes e correios", que retraiu 4%.
Outros resultados negativos vieram dos serviços de "informação e comunicação" (-2,2%), " serviços administrativos ", "profissionais e complementares" (-1,1%) e "outros serviços" (-3,2%).
Entretanto, os "serviços prestados às famílias" cresceram 3,1%, o que contribuiu para que a queda do índice geral não fosse maior.
Trimestre encerrado em julho x trimestre encerrado em junho
Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral para o volume de serviços obteve queda de 0,3% no trimestre encerrado em julho na comparação com o trimestre fechado em junho. Dessa forma, parte do ganho de 0,7% de junho foi anulada.
Entre os setores, o ramo "outros serviços" foi o que mais influenciou a variação negativa, uma vez que caiu 0,8%, mesmo após registrar uma alta de 0,2% em junho.
Já os demais resultados negativos vieram dos segmentos de serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,7%), de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,2%). Por outro lado, o volume de "serviços fornecidos às famílias" e de "informação e comunicação" ficaram estáveis na comparação.
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Julho de 2018 x julho de 2017
Na comparação entre julho de 2018 e o mesmo mês do ano passado, o setor de serviços obteve queda de 0,3%, uma vez que duas das cinco atividades – e em 61,4% dos 166 tipos de serviços investigados – apresentaram variação negativa.
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A principal influência negativa do indicador é dos "serviços profissionais, administrativos e complementares", que caiu 2,8%. O outro impacto negativo veio dos serviços prestados às famílias, com 0,5%. Por outro lado, o " serviço de transporte e correio" apresentou aumento de 0,8%.
Já os serviços de "informação e comunicação" e "outros serviços" ficaram praticamente estáveis, com as variações tímidas e positivas de, respectivamente, 0,1% e 0,5%.
Acumulado do ano
Em relação ao acumulado do ano, os serviços apresentaram recuo de 0,8% com taxas negativas em três das cinco atividades e em 57,8% dos 166 tipos de serviços investigados pela pesquisa.
Os "serviços profissionais, administrativos e complementares" apresentou a principal retração entre os meses de janeiro a julho de 2018, de 2,2%. A categoria "informações e comunicação" também obteve uma queda significativa, de 1,7%, enquanto que os "serviços prestados às famílias" caiu 1,8%.
As contribuições positivas ficaram com os segmentos de "transportes, serviços auxiliares nos transportes e correio" (0,7%) e de "outros serviços" (2,4%).
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Volume de serviços prestados por região
Entre junho e julho, regionalmente, aconteceram retrações em 17 dos 27 unidades da federação. O estado do Rio de Janeiro foi o que apresentou a principal retração, de 7% no balanço. Segundo a pesquisa, essa é a queda mais intensa do estado carioca desde o início da série história, que começou em 2011.
Os estados de São Paulo e Minas Gerais também tiveram resultados, respectivos, de 2,1% e 1,9%. Já as principais contribuições vieram dos estados nordestinos do Ceará (2,3%) e da Bahia (0,9%).
Dentro do comparativo regional, o IBGE também relacionou os resultados entre julho de 2018 e julho de 2017. Nesse contexto, o recuo do volume de serviços no Brasil (-0,3%) foi acompanhado por 19 das 27 unidades da federação e, novamente, a principal influência negativa foi constatada no Rio de Janeiro, aonde a negativa chegou a 4,4%, apresentando recuo em quatro das cinco atividades investigadas.
Outras pressões negativas relevantes vieram do Paraná (-3,5%), Ceará (-6,8%) e Rio Grande do Sul (-2,4%). Por outro lado, os impactos positivos mais importantes vieram de São Paulo (1,2%), Minas Gerais (2,7%) e Bahia (4,1%).
Já no comparativo regional relacionado ao acumulado de 2018 com o de 2017, o quadro de quedas é ainda mais intenso, uma vez que 23 das 27 unidades da federação.
Conforme aponta o balanço, os principais impactos negativos sobre o volume de serviços prestados foram registrados no Rio de Janeiro (-1,3%), Ceará (-8,9%), Paraná (-2,5%) e na Bahia (-4,2). O estado de São Paulo foi o que obteve a contribuição positiva mais relevante com a alta de 0,8%.