Mercado reduz estimativa da inflação para 4,16% e a do PIB para 1,44%, diz Focus

Mercado financeiro também reduziu em um ponto percentual a projeção para a inflação do ano que vem, passando o indicador para 4,11%; confira

Como aponta o BC, a estimativa para a inflação de 2020 é a única igual à meta central, de 4%
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Como aponta o BC, a estimativa para a inflação de 2020 é a única igual à meta central, de 4%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2018 será de 4,16%, segundo a publicação do Boletim Focus desta segunda-feira (3). A estimativa para a inflação oficial é inferior ao resultado divulgado na semana passada , quando a marca foi de 4,17%.

Embora a variação entre os indicadores seja tímida, a nova estimativa para a inflação se distanciou da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,50%. Entretanto, o resultado projetado pelo mercado financeiro ainda segue dentro do limite inferior e superior do índice, que estão, respectivamente, em 3% e 6%.

Para 2019, a projeção do IPCA também obteve queda passando de 4,12% para 4,11% nesta semana. Enquanto que, para 2020 e 2021, o  Boletim Focus  manteve as expectativas para o IPCA de 4% e 3,92%, respectivamente.

Como aponta o Banco Central (BC), a projeção para a inflação de 2020 é a única igual à meta central, uma vez que a previsão para o ano que vem é de 4,25%, enquanto que, para 2021, é de 3,75%.

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Estimativa para a inflação cai e a do PIB também

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Estimativas para a inflação de 2020 e 2021 são mantidas assim como as projeções para o PIB

Diferente das semanas anteriores em que a previsão para a inflação aumentou e a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) caiu, nesta semana, a soma de todos os bens e serviços produzidos no País foi reduzida em paralelo com o IPCA, passando de 1,47% para 1,44%. Para 2019, 2020 e 2021, a estimativa para o crescimento econômico permanece em 2,5%.

A fim de alcançar as metas, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, que  atualmente está em 6,50%  ao ano. Para 2019, o mercado financeiro espera que o indicador encerre o período em 8% ao ano e permaneça nesse patamar até 2021.

Com o aumento da Selic, o Banco Central tem como objetivo conter a demanda aquecida, o que gera reflexos nos preços, uma vez que juros mais altos encarecem o crédito e estimulam que mais dinheiro fique contido na poupança do consumidor.

Agora, quando a instituição opta por diminuir o índice dos juros básicos, a ideia é fazer com que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.

Além da   estimativa para a inflação  e do crescimento da atividade econômica, o Focus traz a previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar, que subiu de R$ 3,75 para R$ 3,80 no final deste ano. Contudo, para o fim de 2019, a previsão permanece em R$ 3,70. Já para o final de 2020 e 2021 é esperado que a cotação seja de, respectivamente, R$ 3,67 e R$ 3,75.

*Com informações da Agência Brasil