Revisão de benefícios gerará economia anual de R$ 8 bilhões, diz ministro

Segundo Alberto Beltrame, da pasta de Desenvolvimento Social, há 1,5 milhão de pessoas recebendo pensões do INSS de forma indevida

Só nos últimos cinco meses, 700 mil revisões de benefícios foram feitas pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro  Social)
Foto: Agência Brasil
Só nos últimos cinco meses, 700 mil revisões de benefícios foram feitas pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social)

Nesta quinta-feira (16), o ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, afirmou que a revisão dos benefícios pagos pelo governo - como auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, por exemplo - deverão gerar economia anual de R$ 8 bilhões a partir de 2020.

Leia também: Não tem mais onde cortar dos gastos discricionários, diz secretário do Tesouro

Segundo Beltrame, as perícias feitas pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que têm o objetivo de trazer pessoas que já recuperaram a capacidade de trabalho de volta ao mercado, estão próximas da marca de 1 milhão. Só nos últimos cinco meses, 700 mil revisões de benefícios foram feitas pelo instituto.

O ministro voltou a apresentar a previsão inicial de que as perícias vão gerar uma economia de R$ 20 bilhões até o ano que vem, sendo R$ 15 bilhões provenientes do cancelamento de auxílios pagos de forma indevida. Beltrame disse que o número subiu muito desde 2005 e que hoje há 1,5 milhão de pessoas recebendo benefícios do INSS sem qualquer revisão.

“Se o cancelamento se mantiver em torno de 30%, como está acontecendo agora, a economia prevista só na aposentadoria por invalidez é de R$ 5 bilhões, aproximadamente”, acrescentou.

Leia também: Falta trabalho para 27,6 milhões de pessoas no Brasil, segundo pesquisa do IBGE

Você viu?

De acordo com o ministro, o fim desses benefícios já gerou, até hoje, um corte de R$ 10,3 bilhões - valor que deve dobrar até o primeiro semestre de 2020.

Além do corte nos benefícios

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Segundo Beltrame, os índices mostram que o Bolsa Família está com a fila zerada, o que deve garantir maior poder de compra a quem recebe os benefícios

Ontem, Beltrame e outros ministros do núcleo social ainda participaram de uma reunião com o presidente Michel Temer no Palácio do Planalto. O intuito do encontro era apresentar um balanço sobre as ações na área nos últimos dois anos.

Após a reunião, Beltrame disse que os auxiliares de Temer deverão entregar um relatório consolidado sobre os projetos realizados no período e o que ainda resta fazer nos últimos quatro meses de governo.

Leia também: FGTS vai dividir lucro de R$ 6,23 bilhões entre trabalhadores em agosto

O ministro acrescentou, ainda, que os índices mostram que o Bolsa Família está com a fila zerada, o que deve garantir maior poder de compra a quem recebe os benefícios .


*Com informações da Agência Brasil