Governo reduz previsão do PIB e aumenta expectativa da inflação para 2018
Previsões constam no relatório bimestral de receitas e despesas, divulgado pelo Ministério do Planejamento. Expectativa do PIB caiu de 2,5% para 1,6%
Por Brasil Econômico |
O Ministério do Planejamento divulgou nesta sexta-feira (20) o relatório bimestral de avaliação das receitas e despesas e reduziu de 2,5% para 1,6% a previsão de crescimento da economia brasileira em 2018. Além disso, o governo federal também aumentou a expectativa da inflação de 3,4% para 4,2%.
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Previsão do PIB
Essa foi a segunda vez consecutiva que o governo alterou para baixo a previsão do PIB (Produto Interno Bruto), que é a soma das riquezas produzidas pelo país em um período determiando de tempo, no caso, o ano de 2018.
Isso é sinal de que a economia não está caminhando como planejado pelo governo. A previsão inicial era de crescimento de 2,97% e foi revisada, ainda em maio, para 2,5%. Agora, no entanto, a queda foi ainda mais acentuada.
Essa queda de expectativa, no entanto, tem explicação. Ela é devida aos resultados de indicadores que mostraram que a recuperação econômica está mais lenta do que o esperado e também consolidaram os impactos negativos da crise de abastecimento provocada pela greve dos caminhoneiros.
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Para se ter uma ideia, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado a principal prévia do resultado do PIB, mostrou que a economia do país recuou 3,34% no mês de maio quando comparado com o mês de abril .
Apesar disso, o corte de 1,37 ponto percentual nas estimativas de crescimento da economia para 2018 ainda colocam a previsão do PIB por parte do governo acima da esperada pelo mercado financeiro. Isso porque segundo o Boletim Focus divulgado essa semana pelo Banco Central , a expectativa das instituições financeiras para o PIB de 2018 é de crescimento de apenas 1,5%.
Expectativa da Inflação
Movimento parecido, também aconteceu com a inflação. Com o reajuste da expectativa da inflação de 2018 de 3,4% para 4,2%, a previsão do governo se aproxima mais daquela feita pelo mercado que, atualmente, de 4,15%.
É verdade que a meta central da inflação estabelecia pela equipe econômica do governo federal no começo do ano é de 4,5%. Mas o sistema de metas implementado no Brasil há alguns anos prevê uma margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, estabelecendo como limite os 3% e os 6%. Dessa forma, se as expectativas se confirmarem, a inflação desse ano deverá ficar dentro do planejado.
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Flutuação do Câmbio
Além da previsão do PIB e da expectativa da inflação, o documento divulgado nessa sexta-feira também revelou quanto o governo entende que o dólar estará valendo frente ao real. Nesse caso, o Ministério do Planejamento resolveu aumentar a previsão para a taxa média do câmbio em relação ao dólar, de R$ 3,40 para R$ 3,60. Enquanto isso, o mercado espera fechar o ano com uma cotação de R$ 3,70. Atualmente, o dólar está valendo R$ 3,77.