Desemprego apresenta melhora em um ano, mas ainda atinge 13,4 milhões de pessoas

Frente ao trimestre passado, há 700 mil pessoas a mais desempregadas. Mas, no confronto com o mesmo trimestre do ano passado, o saldo é de queda, já que, naquele período, havia pelo menos 14 milhões de pessoas sem emprego

Desemprego formal tem estimulado brasileiros a trabalharem por conta própria, grupo cresceu 3,4% em um ano
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Desemprego formal tem estimulado brasileiros a trabalharem por conta própria, grupo cresceu 3,4% em um ano

A taxa de desemprego ficou em 12,9% no trimestre encerrado em abril deste ano e ainda atinge 13,4 milhões de pessoas. De acordo com o levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o novo índice apresenta queda se comparado com o mesmo período de 2017, quando a marca era de 13,6%. Entretanto, frente ao trimestre anterior, o saldo é de alta, pois em janeiro de 2018, a taxa estava em 12,2%.

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Em números, isso significa que, em relação ao trimestre passado, há 700 mil pessoas a mais em situação de desemprego , já que a marca estava em 12,7 milhões. Mas, no confronto com o igual trimestre do ano passado, quando havia 14 milhões de desempregados, existe uma queda de 4,5% ou 600 mil pessoas a menos desocupadas.

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No trimestre encerrado em abril de 2018, o grupo da população ocupada é composto por 90,7 milhões de pessoas e apresenta queda de 1,1% em relação ao trimestre anterior. Por outro lado, quando se compara com o mesmo período do ano passado, o registro é de crescimento de 1,7%, quando havia 89,2 milhões de pessoas exercendo alguma atividade profissional remunerada.

Em relação às condições de ocupação dos postos de trabalho, o IBGE apurou que há pelo menos 32,7 milhões de brasileiros empregados no setor privado com carteira profissional assinada, número 1,7% inferior ao saldo registrado no trimestre anterior.

Vale destacar que, diferente dos outros subíndices calculados, quando se trata de trabalhadores registrados, há também uma piora frente ao mesmo trimestre do ano passado. Isso significa que, de um ano pra cá, pelo menos 557 mil pessoas deixaram de ter um trabalho registrado.

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Um reflexo disso pode ser observado no número de empregados sem carteira de trabalho assinada que se manteve estável nos últimos seis meses, em cerca de 10,9 milhões de pessoas. Contudo, no período de um ano cresceu 6,3%, com mais 647 mil brasileiros empregados sem registro.

Outra categoria que apresentou alta anual foi a dos trabalhadores por conta própria, com o crescimento de 3,4%. Hoje, o grupo soma 23 milhões de pessoas.

Enquanto que o grupo dos empregados no setor público, estimado em 11,4 milhões de pessoas obteve variação apenas em relação ao mesmo trimestre de 2017, com alta de 3,3% na categoria.  

O mesmo aconteceu com a categoria dos trabalhadores domésticos, mas o resultado anual é de queda de 2,5%, e não de alta. Segundo o IBGE, em abril deste ano, 6,2 milhões de pessoas estavam prestando serviços domésticos.

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Renda

Diferente do índice de desemprego que sofreu variações, quando o assunto é salário, o rendimento médio real habitual do último trimestre, de R$ 2.182, é praticamente estável frente ao trimestre anterior, quando a marca estava em R$ 2.185. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o marcador segue também um tanto invariável, já que, em abril de 2017, a marca era de R$ 2.165.