"Governo nunca considerou mudar política de preços da Petrobras", afirma Parente

O presidente da estatal se reuniu com Temer e ministros na manhã de hoje, quando também foi anunciada a queda no preço dos combustíveis amanhã

Segundo Parente, a atual política de preços é importante para a Petrobras 'lidar com importações'
Foto: Marcos Corrêa/PR - 21.12.17
Segundo Parente, a atual política de preços é importante para a Petrobras 'lidar com importações'

O presidente da Petrobras , Pedro Parente, afirmou nesta terça-feira (22) que o governo não considera e nunca considerou mudar de política da estatal para o reajuste dos preços dos combustíveis. O anúncio de Parente acontece depois da reunião na manhã de hoje com o presidente Michel Temer e os ministros da Fazenda, Eduardo Guardia, e de Minas e Energia, Moreira Franco, no Ministério da Fazenda.

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Segundo Parente, logo na abertura da reunião, ficou esclarecido “que de maneira nenhuma o objetivo do governo era o de pedir qualquer mudança na política de preços da Petrobras ”, garantiu, esclarecendo que os reajustes estão relacionados aos preços internacionais e ao câmbio.

Petrobras anuncia queda nos preços dos combustíveis

Ainda nesta terça-feira (22), em meio às conversas do governo sobre o preço dos combustíveis no País, a estatal anunciou que reduzirá os preços de diesel e gasolina nas refinarias a partir de amanhã. O diesel será baixado em 1,54% – indo para 2,3351 reais por litro –, o primeiro corte desde o dia 12 deste mês. Já a gasolina diminuirá em 2,08%, chegando a 2,0433 reais por litro, primeira redução desde o dia 3 de maio.

Ontem, a petroleira anunciou que os preços dos combustíveis iriam subir nesta terça-feira pela 11ª vez consecutiva. Segundo o anúncio no site da Petrobras, a gasolina aumentaria 0,9% e o diesel, 0,97%. Com essa alta, o preço da gasolina passa a custar R$ 2,0867, enquanto o do óleo diesel sobe para R$ 2,3716. Apesar do aumento hoje, amanhã os preços cairão.

Paralisação dos caminhoneiros contra aumento no diesel

Rodovias de todo o Brasil amanheceram, mais uma vez, nesta terça-feira (22), em meio a manifestações de caminhoneiros , que protestam contra a alta do diesel. Os atos são registrados em rodovias federais e estaduais de pelo menos 10 estados. Ontem, 20 estados e o Distrito Federal sofreram consequência de protestos da mesma categoria .

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Foto: Marcelo Camargo/ABr
Rodovias de todo o Brasil amanheceram em meio a manifestações de caminhoneiros contra preço do diesel

Os caminhoneiros pretendem, com esses protestos , refutar o valor do óleo diesel, que tem tido altas consecutivas nas refinarias. Nesta terça-feira, o preço do combustível sobe 0,97% nas refinarias.

Hoje cedo, foram registrados atos em pelo menos dez estados: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Santa Catarina, São Paulo, Segipe, Rio de Janeiro Rio Grande do Sul e Tocantins.

Estatal rebate críticas sobre política de preços

A petroleira respondeu às criticas em relação às consecutivas altas dos derivados do petróleo, atribuindo tais elevações de preços às oscilações do preço do barril do petróleo no mercado externo. Segundo a estatal, “os combustíveis derivados de petróleo são commodities e têm seus preços atrelados aos mercados internacionais, cujas cotações variam diariamente, para cima e para baixo”.

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Ainda de acordo com a Petrobras , a variação dos preços nas refinarias e terminais é importante para que a empresa possa competir de forma eficiente no mercado brasileiro.

*Com informações da Agência Brasil