Vítimas de racismo em Starbucks dos EUA serão indenizadas em US$ 1 pelo governo

No dia 29 de maio, os empregados da rede passarão por treinamento sobre "comportamento não-discriminatório". Milhares de unidades dos EUA serão fechadas para garantir que "casos como esse não se repitam", afirmou o CEO

Gerente do Starbucks resolveu chamar a polícia para remover os homens do estabelecimento
Foto: shutterstock
Gerente do Starbucks resolveu chamar a polícia para remover os homens do estabelecimento

Dois homens vítimas de racismo no Starbucks da cidade da Filadélfia, Estados Unidos, receberão uma indenização simbólica de US$ 1 do município onde o caso aconteceu. 

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De acordo com sites internacionais, o Starbucks fechou um acordo com Rashon Nelson e Donte Robinson, após a polícia ter sido chamada para retirá-los da lanchonete sem qualquer motivo. Na ocasião, os empresários se sentaram a uma das mesas da rede de cafés e aguardaram a chegada de um amigo para uma reunião de negócios . Mas, como eles não pediram nenhuma bebida ou comida da unidade, o gerente do café teria chamado a polícia para simplesmente removê-los do local.

O caso

Uma cliente chamada Melissa DePino gravou um vídeo do momento em que os policiais algemam os dois homens e postou no Twitter. Na gravação, é possível ver vários agentes uniformizados interrogando-os e conduzindo-os para a parte de fora da loja, enquanto outro cliente, em primeiro plano, questiona: "O que eles fizeram? O que fizeram?". No post, DePino ainda explica que chamaram a polícia sem que esses homens tivessem feito nada. "Estavam esperando um amigo, que chegou enquanto eram levados algemados". 

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O comissário de polícia da Filadélfia que recebeu a chamada, Richard Ross, disse que a delegacia recebeu uma ligação de um funcionário por uma suposta "invasão" de dois indivíduos que estavam "causando distúrbio", assim a delegacia deslocou a viatura mais próxima até a unidade.

Ross também afirmou que os agentes pediram "educadamente" três vezes aos homens para saírem, antes que fossem presos. Eles, por sua vez, se recusaram a sair, mas não ofereceram resistência à prisão. Na delegacia, depois de interrogados, foram liberados, já que a rede decidiu não apresentar acusações. O comissário fez questão de ressaltar que os policiais agiram de maneira correta.

Treinamento

Após o caso de racismo, mais de 175 mil empregados do Starbucks passarão por treinamento  sobre "comportamento não-discriminatório". Ao todo, mais de oito mil unidades dos Estados Unidos serão fechadas no dia 29 de maio, uma terça-feira, para garantir que "casos como esse não se repitam", afirmou o CEO do Starbucks Kevin Johnson. Ele esteve pessoalmente na cidade localizada no estado da Pensilvânia para acompanhar o caso e minimizar os impactos sofridos pela marca depois que a polêmica escalou rapidamente. 

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