Será que vale a pena esperar as promoções pós-Natal para fazer 'as comprinhas'?
“Essa estratégia do varejo tornou-se muito popular no início dos anos 1990 para atrair o consumidor com a oferta de descontos expressivos”, diz Melo
Por Denise Kanda | - Brasil Econômico |
Esta é a última sexta-feira antes do Natal . Provavelmente o setor varejista será bombardeado de consumidores nesses últimos instantes da principal data do comércio brasileiro. Mas, será que não vale a pena esperar um pouco mais e, assim, partir para as promoções de janeiro?
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Antes de responder essa pergunta, o especialista em gestão de risco, Tiago Melo, explica que as promoções de começo de ano têm como intuito aquecer as vendas, com a estocagem remanescente do Natal, para garantir que os estoques fiquem zerados. “Esse tipo de estratégia no mercado varejista tornou-se muito popular no início dos anos 1990, visando atrair os consumidores com a oferta de descontos expressivos”, explica Melo.
E então, vale ou não a pena? O especialista avalia que essa é uma questão de análise muito relativa, uma vez que é necessário o consumidor entender que nem sempre os produtos - ou a loja - de seu interesse participarão da liquidação.
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E para isso, é recomendável que o consumidor busque informações sobre a loja que "está de olho". No caso de a resposta ser positiva para as promoções pós-natal, é sim mais vantajoso adiar as 'comprinhas'. “Mas, é importante ressaltar que, muitas vezes, nomes como ‘descontão’ e ‘ofertão’ são apenas chamarizes que oferecem os mesmos produtos com os mesmos preços, sem um desconto real. Portanto, deve-se verificar o valor dos produtos antes e durante os saldões, atentando-se às armadilhas”, recomenda.
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Baixa qualidade?
Por estarem participando de uma queima de estoque, muitos consumidores têm dúvidas sobre a qualidade dos produtos vendidos. Melo explica que essa questão depende muito do respeito e da ética que a empresa tem com seu cliente, mas ressalta que independentemente de ser ou não um período de promoções, a qualidade dos produtos e serviços sempre tem de ser a mesma. O direito do consumidor não muda.
Para concluir, Melo recomenda que o consumidor abuse das ferramentas digitais que realizam comparativos de preços – sites e aplicativos. E sempre fugir da cilada “juros zero”, uma vez que grande parte das vezes existe outros valores embutidos que tornam a compra duas ou três vezes mais cara. Aos pechinchadores de plantão, o especialista diz que também vale a tentativa de negociar um preço melhor do que o estampado nas promoções, principalmente nas compras à vista.
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