Muçulmana é obrigada a tirar véu para entrar em unidade do McDonald's

Caso aconteceu em um dos estabelecimentos do McDonald's em Londres, na Inglaterra; mulher se recusou a tirar véu e publicou vídeo do caso no Twitter

Segurança do McDonald's pediu para que mulher tirasse véu por 'questões de segurança'
Foto: shutterstock
Segurança do McDonald's pediu para que mulher tirasse véu por 'questões de segurança'

Uma unidade do McDonald's em Londres, na Inglaterra, protagonizou um caso polêmico com uma estudante muçulmana. A jovem de 19 anos foi obrigada pelos seguranças da loja a retirar seu véu assim que entrou no estabelecimento.

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Segundo informações divulgadas pela própria mulher, que não quis ter o nome revelado, os funcionários contratados pelo McDonald's disseram que a utilização do hijab – com o véu é oficialmente chamado – seria uma ameaça à segurança do local.

A reação da jovem foi recusar-se a tirar o véu. Ela usou o celular para filmar a situação ocorrida na loja. Uma amiga publicou o conteúdo em sua conta no Twitter. No vídeo, a mulher pergunta ao segurança os motivos de não poder usar o hijab . Ele responde que o procedimento é "apenas uma questão de tirar isso".

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Percebendo a confusão, um homem  que está no restaurante tenta ajudar a jovem, dizendo ao segurança que ele não poderia fazer esse tipo de pedido para ela. Depois de perceber que estava sendo filmado, o funcionário solicitou que a mulher parasse de gravar o ocorrido. Segundo um porta-voz do empresa, os seguranças são contratados por empresas terceirizadas e o incidente será apurado. Confira o vídeo: 


Outros casos

É comum encontrar situações em que a religião causa problemas, inclusive no âmbito trabalhista. No mês de agosto, a empresa pública Minas Gerais Administração e Serviços S.A (MGS) não conseguiu reverter a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e precisou reintegrar uma vigia que havia sido dispensada por ser adventista. Para o Tribunal, a conduta da empresa foi discriminatória, constando violações constitucionais e legais.

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A trabalhadora foi contratada pela MGS em maio de 2010 e posteriormente demitida sem justa causa. Na reclamação trabalhista, ela disse ao TST que foi dispensada por pertencer à Igreja Adventista, onde o período de trabalho é proibido entre o pôr-do-sol de sexta-feira e o de sábado. Para a vigia, suas práticas religiosas foram aceitas pela empresa até setembro de 2010, quando a entidade passou a exigir que os empregados trabalhassem também aos sábados, o que a fez ser demitida devido à impossibilidade de comparecer. Assim como ocorreu no McDonald's, a mulher alega falta de respeito às práticas religiosas.