Inadimplência atinge 61,8% das famílias brasileiras em outubro, mostra CNC
Mesmo com o alto percentual de famílias endividadas, houve queda entre as que possuem dívidas ou contas em atraso no mês, indo de 26,5% para 26%
Por Brasil Econômico |
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou nesta quarta-feira (8) os resultados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic ) , que mostrou que o percentual de famílias endividadas em outubro foi de 61,8%. Se comparada a setembro deste ano, a taxa apresentou um aumento de 0,1 ponto percentual, assim como no mesmo período de 2016, quando alcançou 59,8% do total de famílias.
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“A queda das taxas de juros e a lenta recuperação da renda do trabalho têm favorecido a retomada gradual em algumas modalidades de crédito, com impacto sobre o endividamento”, afirmou o economista da CNC , Bruno Fernandes.
Um dado destacado pela pesquisa é que mesmo com o alto percentual de famílias endividadas, houve queda entre as que possuem dívidas ou contas em atraso no mês de outubro, indo de 26,5% para 26%. Entretanto, se comparado ao mesmo período do ano passado, há acréscimo de 1,3 ponto percentual.
O número de famílias que afirmaram não ter condição de pagar suas contas ou dívidas em atraso, e que por isso, permaneceriam inadimplentes também caiu na comparação mensal, ao passar de 10,9% em setembro para 10,1% em outubro deste ano. É importante mencionar que o resultado do mês anterior foi considerado o maior patamar da série histórica. No confronto com o mesmo período de 2016, houve aumento de 0,3 ponto percentual.
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Endividamento e prazo
Em relação às famílias que declararam endividamento elevado em outubro, a taxa recuou de 15% para 14,6%, havendo estabilidade na comparação anual. Desse modo, vale mencionar o tímido acréscimo no grupo dos que se consideram pouco endividados, que passou de 24% para 24,5% na passagem mensal. No que se diz respeito ao mesmo período do ano anterior, o aumento foi de 0,7 ponto percentual.
O tempo médio de atraso para o pagamento de dívidas foi de 63,8 dias, superior aos 62,9 dias de outubro de 2016. O comprometimento com as dívidas foi de 7,2 meses, sendo que 32,8% das famílias têm dívidas por mais de um ano. Entre as endividadas, 24% alegaram ter mais da metade de sua renda mensal comprometida devido ao pagamento das contas.
O cartão de crédito foi apontado como a principal forma de endividamento, por 76,7% dos entrevistados que possuem dívidas, seguido de carnês, com 16,7% e financiamento de carro, com 10,2%.
Metodologia
A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor ( Peic Nacional ) é apurada mensalmente pela CNC desde janeiro de 2010. Os dados são coletados em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal, abrangendo 18 mil consumidores.
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