Reforma da Previdência não é mais questão de escolha, diz Meirelles
Ministro disse que não vai recuar por conta das dificuldades apresentadas, embora acredite que idade para aposentadoria não seja questão principal
Por Brasil Econômico | * |
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira (7), em São Paulo, que a reforma da Previdência não é mais uma opção. “A reforma não é uma questão de escolha, ela terá que ser feita em algum momento, é uma questão fiscal, numérica”, disse.
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Meirelles comentou a declaração dada na última segunda-feira (6) pelo presidente Michel Temer, em Brasília, sobre as dificuldades para a aprovação da reforma da Previdência . “O presidente reconheceu as dificuldades, é um processo controverso em qualquer lugar do mundo, não há dúvida. O presidente reconheceu esse fato para as lideranças partidárias que ali estavam expressando as suas preocupações”, afirmou.
Além disso, o ministro também disse que não vai recuar por conta das dificuldades apresentadas, embora acredite que a idade para a aposentadoria não seja a questão principal. “Do meu ponto de vista, os brasileiros poderiam se aposentar aos 45 anos de idade, não teria problema nenhum, desde que o País pudesse pagar por isso”, afirmou.
De acordo com Meirelles , a questão é que o crescimento das despesas previdenciárias no Brasil não é sustentável. “Não é um problema de qual é a idade que se quer que as pessoas se aposentem; quanto mais cedo as pessoas tiverem direito, melhor, desde que seja financiável a Previdência Social pela sociedade brasileira”.
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O ministro participou, em São Paulo, do Congresso “Perspectivas Econômicas e Políticas no Brasil” organizado pela Turnaround Management Association do Brasil (TMA), associação de advogados especializados em recuperação judicial de empresas.
Durante participação no Congresso "Perspectivas Econômicas e Políticas no Brasil", Meirelles apresentou o projeto de lei de recuperação judicial. Segundo a proposta, as medidas vão beneficiar a recuperação de micro e pequenas empresas. “É uma nova lei que cria um arcabouço, um novo sistema para a recuperação judicial no País em linha com o que prevalece hoje no mundo inteiro”, ressaltou.
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A nova lei de falências, segundo o ministro, representa uma modernização da legislação atual. “É um processo que visa em última análise fazer com que a situação seja resolvida, a empresa saia mais rapidamente da recuperação judicial, e trabalhadores, credores e acionistas tenham a situação resolvida o mais rápido possível”. O ministro disse que o projeto será enviado ao Congresso Nacional na próxima semana. Segundo ele, assim como no caso da reforma da Previdência, o objetivo é ajudar na retomada da economia e da geração de renda no País.
*Com informações da Agência Brasil