Contas públicas fecham setembro com deficit primário de R$ 21,2 bilhões
O queda no rombo das contas públicas foi de 20% na comparação anual, porém continua alto e mostra a necessidade de novo corte de custos; veja
Por Brasil Econômico | (*) |
Dados do Banco Central (BC) divulgados nesta segunda-feira (30) apontam que o setor público consolidado – composto pela União, estados e municípios – apresentou deficit primário nas contas públicas no mês de setembro, que é calculado pelas receitas menos as despesas. O resultado foi de R$ 21,259 bilhões, resultado menor que o visto no mesmo período do ano passado, quando foi de R$ 26,643 bilhões.
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No acumulado do ano – de janeiro a setembro – o deficit primário chegou a R$ 82,110 bilhões, contra R$ 85,501 bilhões em igual período de 2016. Em 12 meses encerrados também no mês de setembro, o deficit ficou em R$ 152,339 bilhões, o que corresponde a 2,35% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no País.
Outro dado divulgado pelo Banco Central foi o balanço referente ao Governo Central – que soma Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional – apresentou deficit primário na ordem de R$ 22,227 bilhões, sendo que os governos estaduais tiveram deficit de R$ 163 milhões, e os municipais, resultado negativo de R$ 613 milhões.
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O resultado das empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídas as dos grupos Petrobras e Eletrobras , foi de deficit primário de R$ 191 milhões no mês passado.
Juros nominais
Outro dado divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central foi os gastos com juros nominais. Em setembro, o valor somou em R$ 32,049 bilhões contra R$ 40,458 bilhões em igual mês de 2016, sendo que o cálculo para tal conta é formado pelo resultado primário e os resultados de juros, atingiu R$ 53,309 bilhões no mês passado ante R$ 67,1 bilhões de setembro de 2016. Em 12 meses encerrados em setembro, o deficit nominal ficou em R$ 567,517 bilhões, o que corresponde a 8,75% do PIB .
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Já a dívida líquida do setor público (que é o balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais) chegou ao montante de R$ 3,298 trilhões no mês de setembro, sendo que esse valor corresponde a 50,9% do Produto Interno Bruto, com elevação de 0,7 ponto percentual em relação a agosto.
Por último está o resultado da dívida bruta – contabiliza apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais – e que atingiu R$ 4,789 trilhões ou 73,9% do PIB, com aumento de 0,2 ponto percentual em relação ao mês anterior. Todos os indicadores contribuíram para o resultado do deficit primário do mês de setembro.
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