Empresários brasileiros gastam 135 dias com tarefas administrativas

A média global é de 120 dias, o que torna a administração das micro e pequenas empresas mais complexa em todo o território brasileiro; veja

Administração de uma micro ou pequena empresa faz empresários perderem, em média, 135 dias ao ano
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Administração de uma micro ou pequena empresa faz empresários perderem, em média, 135 dias ao ano


Estudo econômico realizado pela consultoria Plum a pedido da Sage, identificou que os micro e pequenos empresários brasileiros gastam, em média, 135 dias por ano com trabalhos voltados exclusivamente a tarefas administrativas das empresas.  A média global é de 120 dias, equivalente a 5% da mão de obra total dos proprietários de pequenos negócios.

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Para identificar o tempo gasto com administração, foram entrevistados empresários de diversos mercados como o da Austrália, Brasil, Canadá, França, Alemanha, Irlanda, Singapura, África do Sul, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.

Foi identificado que no Brasil, a maior parte do tempo é direcionado as questões referentes à contabilidade da empresa, com 21%. Em segundo aparece o tempo com a emissão de faturas com 15% e em terceiro nesta divisão está o tempo gasto com demais tarefas operacionais como recrutamento de pessoas e demais funções do setor de recursos humanos com 12%.

Ainda de acordo com o estudo divulgado, a perda em produtividade pelo tempo alocado com as atividades administrativas nas PMEs brasileiras chega a R$79,5 bilhões. 

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Produtividade

De acordo com o estudo, a perda em produtividade pelo tempo alocado com as atividades administrativas nas PMEs brasileiras chega a R$ 79,5 bilhões. Análise feita identificou que, os 12% do tempo gasto com rotinas referentes ao setor de recursos humanos dentro de uma empresa de pequeno é totalmente desproporcional com uma de médio porte, que gasta 3% do tempo para tais demais.

“Isso significa que há espaço para um ganho de eficiência nos negócios desse segmento. O excesso de atividades burocráticas, somado à complexidade da legislação brasileira e à carga tributária, são grandes entraves para o crescimento dos negócios desse segmento no país, que é responsável por mais de 50% dos empregos”, avaliou em nota o presidente da Sage Brasil e América Latina, Jorge Santos Carneiro.

Outro ponto destacado pelo estudo foi a não digitalização de algumas demandas, como por exemplo, a emissão de notas fiscais, sendo que 48% das micro e pequenas empresas não utilizam nenhum sistema automatizado para tal função. Atualmente, 22% dessas empresas estão completamente digitalizadas e 29% usam parcialmente serviços tecnológicos.

Outros fatores como custo para implantação de tal tecnologia , tentativa de terceirização do processo e falta de habilidade dos empresários em usar esses sistemas tecnológicos também foram mencionados pelos respondentes quando questionado sobre o uso de softwares de gestão. 

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