MasterCard anuncia que pagamentos podem ser feitos em Blockchain

Revolução do blockchain não é limitada apenas ao financeiro. Indústrias, como da saúde, exploram tecnologia para atender às suas necessidades

As empresas de cartão de crédito são um pilar de longa data no setor de serviços financeiros. Eles foram a primeira opção de pagamento sem dinheiro disponibilizada ao público, e agora, uma das principais empresas de serviços financeiros do mundo decidiu que é hora de os cartões de crédito se envolverem nas tecnologias blockchain . Na última sexta-feira (20), a MasterCard anunciou que está inaugurando um serviço de pagamento de empresa a empresa (B2B) baseado em blockchain sob uma nova opção chamada “MasterCard Blockchain API”.

Leia também: Venda direta: especialista dá sete dicas para quem vai atuar neste segmento

Nova API blockchain baseia-se na rede de pagamentos existente da MasterCard, que abrange cerca de 22 mil instituições financeiras
Foto: Tim Boyle/Getty Images - 25.5.2006
Nova API blockchain baseia-se na rede de pagamentos existente da MasterCard, que abrange cerca de 22 mil instituições financeiras

Lançado durante o Money 20/20 Hackathon em Las Vegas – Estados Unidos, no fim de semana passado, após o teste e a validação terem sido concluídos, este serviço deverá estar disponível para os clientes esta semana. “A solução de blockchain da MasterCard proporciona novas maneiras de pagamento que atendam a todas as necessidades das instituições financeiras e seus clientes finais”, disse a empresa em pronunciamento à mídia.

Este movimento vem como uma surpresa, já que a instituição emitiu anteriormente uma rejeição geral à Bitcoin. Ainda assim, o co-fundador da Ethereum, Vitalik Buterin, avalia que a negativa da MasterCard era uma resposta ao potencial do blockchain de substituir os cartões de crédito. No entanto, a empresa decidiu abraçar o movimento.

Leia também: Conheça o processador da Intel construído para redes neurais

Você viu?

Mais segurança

Como um livro de contas descentralizado de transações digitais, o blockchain oferece aos usuários da instituição uma opção mais privada e segura para fazer transações, uma que é facilmente escalável e flexível. A nova API blockchain baseia-se na rede de pagamentos já existente, que abrange cerca de 22 mil instituições financeiras, e também amplia a capacidade do blockchain para lidar com as transações. A mudança também resolve alguns dos desafios que os esquemas B2B geralmente possuem, que incluem “velocidade, transparência e custos em pagamentos transfronteiriços”.

“Ao combinar a tecnologia blockchain com a nossa rede de assentamentos e as regras de redes associadas, criamos uma solução confiável, segura e fácil de dimensionar”, disse Ken Moore do laboratório EVP da empresa. “Quando se trata de pagamentos, nós queremos proporcionar escolhas e flexibilidade aos nossos parceiros, para que eles possam usar os novos trilhos de pagamento de forma transparente de acordo com as necessidades e os requisitos de seus clientes”.

Com uma gigante financeira como a MasterCard apostando no blockchain, as previsões anteriores de especialistas parecem estar se tornando realidade. O blockchain está mudando a forma como fazemos coisas – particularmente, transações financeiras. Recentemente, a Fundação (de caridade) Bill e Melinda Gates abriu uma plataforma de pagamento que atende pessoas sem acesso a serviços financeiros tradicionais. A revolução do blockchain, contudo, definitivamente não é limitada apenas ao mundo financeiro. Indústrias como da saúde, aviação, energia, diplomacia e educação também estão explorando soluções blockchain para atender às suas necessidades. Existe mesmo a possibilidade de uma nova internet alimentada por blockchain.

Em suma, na era da informação, um método seguro, porém facilmente rastreável, de manter as abas nos dados está em alta demanda, veja o caso da MasterCard – especialmente com recentes ataques hackers e calções de segurança. As soluções blockchain podem ser apenas o que o mundo precisa.

Leia também: Cibersegurança: Equifax tirou o site do ar por medo de ataque hacker

*Com tradução de futurism.com