Brasil registra criação de 34 mil vagas formais de emprego em setembro

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira (19), aumento no saldo de empregos foi de 0,1%

Com o aumento de vagas em setembro, Brasil chegou ao sexto mês consecutivo de altas nos postos de trabalho
Foto: Camila Domingues/Palácio Piratini/Divulgação
Com o aumento de vagas em setembro, Brasil chegou ao sexto mês consecutivo de altas nos postos de trabalho

O Brasil registrou uma nova alta no saldo de vagas  formais de emprego em setembro. Foi a sexta elevação consecutiva e a sétima em 2017. O crescimento final foi de 34.392 postos de trabalho, aumento de 0,1% em relação ao estoque do mês anterior, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira (19) pelo Ministério do Trabalho (MTb).

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“Os números de setembro confirmam, mais uma vez, o processo de recuperação gradual do mercado de trabalho, como reflexo da retomada do crescimento da economia do País”, avaliou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. O resultado de setembro foi proporcionado pela diferença entre 1.148.307 admissões e 1.113.915 desligamentos. No acumulado do ano, o saldo positivo de vagas chega a 208.874 empregos, com aumento de 0,5% em relação ao estoque de dezembro de 2016.

Estes resultados também contribuíram para melhorar o saldo acumulado de 12 meses, que ainda ficou em -466.654 postos de trabalho (-1,2% sobre setembro de 2016), mas representou uma melhora em relação ao acumulado de 12 meses até agosto, que foi de -544.658 postos de trabalho.

Por setores

Metade dos oito setores de atividade econômica apresentaram crescimento no nível de emprego , segundo o Caged. Os aumentos, pela ordem, foram verificados em Indústria de Transformação (+25.684 postos), Comércio (+15.040 empregos), Serviços (+3.743) e Construção Civil (+380 postos). “O otimismo da indústria já se traduz em números na produção e na geração de empregos do setor, e esse resultado também está chegando a outras áreas da economia”, explica o ministro.

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No que diz respeito à Indústria de Transformação, houve crescimento em 10 dos 12 subsetores, com destaque para a Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico (+16.982 empregos).

Os outros subsetores que registraram saldo positivo foram Indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria (+3.914); Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos (+2.345); Indústria da Madeira e Mobiliário (+2.325); Indústria metalúrgica (+1.666); e Indústria do material de transporte (+1.070). Apenas a Indústria da borracha e do fumo (-4.042 postos de trabalho ) e a Indústria de calçados (-466) tiveram retração.

Já no setor de Serviços, quatro dos seis subsetores tiveram saldo positivo: Ensino (+4.779 empregos); Comércio e administração de imóveis, valores mobiliários, serviço técnico (+2.050); Serviços médicos, odontológicos e veterinários (+2.019); e Transportes e comunicações (+485). As quedas foram registradas em Serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção, redação (-4.017 postos); e Instituições de crédito, seguros e capitalização (-1.573 empregos).

O Comércio teve saldo positivo tanto no subsetor Varejista (+13.174 postos) quanto no Atacadista (+1.866). A Construção Civil registrou saldo positivo em Obras para Geração e Distribuição de Energia Elétrica e para Telecomunicações (+2.293 postos) e em Instalações Elétricas (+1.050 postos).

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Também houve retrações nas vagas de emprego em alguns setores durante o período. As quedas foram verificadas nos setores de Agropecuária (-8.372 empregos), Serviços Industriais de Utilidade Pública (-1.246 postos), Administração Pública (-704 postos) e Extrativa Mineral (-133 postos).