FGV: confiança da construção avança em setembro e atinge 77,5 pontos

A melhora na percepção sobre o momento atual do empresariado foi um dos principais contribuintes para o bom desempenho do ICST em setembro

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Índice de Confiança da Construção da FGV cresce 1,4 ponto em setembro

O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) divulgou nesta terça-feira (26) um avanço de 1,4 ponto no Índice de Confiança da Construção ( ICST ) em setembro. Com o acréscimo, o índice apresentou a quarta alta consecutiva, atingindo 77,5 pontos, na série com ajuste sazonal, e recuperando o patamar de abril de 2015, quando marcou 77,2 pontos.

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 “Em setembro, a melhora da confiança começou a se mostrar mais disseminada entre os segmentos. Vale destacar, especialmente, a sexta alta consecutiva da confiança no segmento de Preparação de Terreno, um segmento antecedente do início de obras, o que pode significar um cenário menos negativo para as empresas da construção nesse segundo semestre”, afirmou a coordenadora de projetos da construção do Ibre/ FGV , Ana Maria Castelo.

A melhora na percepção sobre o momento atual do empresariado e nas perspectivas de curto prazo foram os principais contribuintes para o bom desempenho do ICST em setembro.  O Índice de Expectativas (IE-CST) registrou crescimento de 1,8 ponto, alcançando 89,2 pontos. O  indicador que mede a demanda para os três meses seguintes foi apontado como o maior destaque, com alta de 3,9 pontos, passando para 89 pontos e acumulando 10,1 pontos no ano.

O Índice da Situação Atual (ISA-CST) também avançou 1,1 ponto no mês, com alta nos dois quesitos que o integram. O indicador de percepção no que se diz respeito à carteira de contratos foi a maior influência positiva para o resultado, ao variar 1,3 ponto e atingir 64 pontos.

NUCI

O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) do setor registrou alta pelo terceiro mês seguido, com elevação de 3,5 pontos percentuais (p.p), passando para 65,6%. Desse modo, o indicador retorna para o nível atingido em março do ano passado, quando marcou 65,7%, ficando 6 p.p abaixo da média histórica. Já o NUCI de mão de obra cresceu 3,8 p.p e o NUCI de máquinas e equipamentos 1,4 p.p.

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O crescimento intenso da ocupação nos segmentos de edificações, com 3,4 p.p e nos segmentos com perfil de infraestrutura, com destaque para obras de arte especiais, com 7,5 p.p e obras de infraestrutura para engenharia elétrica e para telecomunicações, com 10,1 p.p foram os principais contribuintes para a alta no NUCI.

“A alta mais intensa do NUCI de Mão de Obra sinaliza que a melhora da atividade ainda está mais circunscrita ao quadro de trabalhadores das próprias empresas. E como este NUCI encontra-se muito abaixo da média, pode levar algum tempo para que os efeitos da atividade sobre o mercado de trabalho sejam visíveis. Além disso, há muitas incertezas sobre a intensidade da retomada dos investimentos”, complementou Ana Maria.

Para a FGV, o aumento do indicador da carteira de contratos permanece contido, com crescimento de apenas 0,4 ponto em 12 meses, refletindo a divergência entre a percepção de melhora recente da atividade e da carteira de contratos, o que sugere que esse pequeno acréscimo esteja vinculado a contratos que já existem. 

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