Varejo paulista cresce em julho e abre 6.205 postos de trabalho, diz Fecomercio

Varejo do Estado de São Paulo registra o maior saldo de empregos com carteira assinada para um mês de julho, melhor desempenho desde 2012

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FecomercioSP aponta que varejo paulista encerrou julho com um estoque de 2.058.431 trabalhadores formais

De acordo com a Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP), feita mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o varejo no Estado de SP voltou a criar  vagas de empregos formais em julho, com 6.205 postos de trabalho. O resultado abrange 68.338 admissões frente a 62.133 desligamentos, sendo considerado o maior saldo de empregos desde novembro de 2016.

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Com isso, o varejo paulista encerrou julho com um estoque de 2.058.431 trabalhadores formais, com um pequeno recuo de 0,3% se comparado ao mesmo período do ano passado. No acumulado dos últimos 12 meses, a FecomercioSP apontou que cerca de 5.397 empregos com carteira assinada foram eliminados, resultado inferior a eliminação de 69.407 vínculos formais do mesmo mês do ano anterior.

Atividades e desempenho

No confronto com 2016 e entre as nove atividades avaliadas, houve crescimento em somente três delas: farmácias e perfumarias, com 2,5%, supermercados, com 1,7% e autopeças e acessórios, com 0,5%. Em contrapartida, os segmentos de concessionárias de veículos, lojas de vestuário, tecidos e calçados e materiais de construção decresceram 3,5%, 2,5% e 2,4%, respectivamente.

Segundo a assessoria econômica da entidade, o bom momento do mercado de trabalho varejista trouxe boas perspectivas para o segundo semestre do ano, com o maior saldo de empregos com carteira assinada para um mês de julho desde 2012. Mesmo com os supermercados sendo a principal fonte de novas vagas, sete das nove atividades analisadas registraram mais admissões do que desligamentos. Entretanto, ainda é cedo para uma reação consolidada de emprego formal no setor.

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Mesmo que o resultado acumulado dos sete primeiros meses deste ano seja negativo, com aproximadamente 24 mil vagas entre abril a julho, o estoque ativo de vínculos permaneceu estável até julho, quando demonstrou um desempenho positivo considerável. Para a Federação, estima-se a abertura de mais postos de trabalho celetistas, uma vez que o consumo das famílias também voltou a crescer, devido a inflação baixa e o estancamento da evolução do desemprego, o que traz um otimismo para a chegada do Natal, data mais importante para o varejo.

Varejo paulistano

O comércio varejista da capital paulista também apresentou um bom comportamento em nível estadual, gerando 2.533 pontos de trabalho, com 21.216 admissões ante 18.683 demissões. Assim, o estoque total se apresentou estável, atingindo 646.262 trabalhadores. Em relação ao acumulado dos últimos 12 meses, houve a extinção de 93 postos de trabalho.

Na comparação com igual mês do ano passado, apenas três atividades avançaram em seus estoques de trabalhadores no varejo paulistano, sendo elas farmácias e perfumarias, com 4,8%, supermercados, com 1,7% e autopeças e acessórios. No que se diz respeito às quedas, a FecomercioSP evidenciou recuos nas taxas de concessionárias e veículos, com 3,6%, lojas de vestuário, tecidos e calçados, com 2,5% e matérias de construção, com baixa de 2,4%.

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