PIB cresce 0,6% no trimestre encerrado em julho, com recuperação econômica
O consumo das famílias também cresceu 1,9%, frente ao trimestre móvel de 2016, quebrando um período de 28 trimestres consecutivos de retração
O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) divulgou nesta segunda-feira (18) que o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País, cresceu 0,6% no trimestre encerrado em julho deste ano e na comparação com o trimestre terminado em abril.
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Na taxa do mês e com ajuste sazonal, o PIB brasileiro apresentou avanço de 0,1% frente ao 0,4% de junho. Vale mencionar que essa é a sétima taxa mensal positiva entre as 10 transcorridas até julho, desde outubro do ano passado. Se comparado com o mesmo período do ano anterior houve alta de 1,1%.
A agropecuária, com 11,7%, extrativa mineral, com 4,5%, indústria de transformação, com 1,6% - primeiro resultado positivo desde o trimestre de 2014, comércio, com 3%, transportes, com 2,4% e outros serviços, com 1,5% foram os maiores desempenhos.
O agregado de serviços também contribuiu positivamente para o crescimento, com 0,7%, após 30 meses consecutivos de queda, nesta comparação. Por outro lado, a construção decresceu 6,8%. Na taxa mensal, o Produto Interno Bruto cresceu 1,4%, sendo essa a terceira taxa positiva seguida.
Consumo e investimentos
O consumo das famílias foi outro a crescer em comparação ao trimestre móvel de 2016, com 1,9%. Esta é a segunda variação positiva do componente, quebrando o período de 28 trimestres consecutivos de retração.
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Já o consumo de bens não duráveis acresceu 1%, o de semiduráveis, 8,6% e o consumo de duráveis avançou 7,7%. A menor taxa foi a de serviços, que cresceu 0,2%, depois de 26 trimestres móveis seguidos de recuos. A formação bruta de capital fixo (FBCF), em contrapartida, retraiu 4,5%, assim como a construção, que caiu 9,7%, com menos 5 pontos percentuais para o FBCF.
O comportamento do componente máquinas e equipamentos voltou a ser positivo, com 3%, contribuindo com mais 1,1 ponto percentual para a alta do indicador. Depois de alcançar o seu ápice em outubro de 2013, com 24,3%, a taxa de investimento (FBCF/PIB), a preços constantes, declinou para 17,4% em julho.
Exportação e importação
Em comparação com igual trimestre móvel do ano passado, a exportação cresceu 5,7%, sendo a exportação de produtos da agropecuária, com 8,1% e a extrativa mineral, com 31,4% os principais contribuintes para o bom resultado. Enquanto a importação decresceu 1,8%, com recuo em bens de capital, com menos 43,8%.
Bens de consumo semiduráveis registrou alta de 53,8%, assim como bens intermediários, com 10,9% e bens de consumo não duráveis, com 10,1%. Em termos monetários , o PIB acumulado neste ano, até o mês de julho e em valores correntes, atingiu a cifra aproximada de R$ 3 trilhões, R$ 778 bilhões e R$ 224 milhões.
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