Brasil receberá inspeção veterinária dos EUA para retomar venda de carne fresca

Segundo o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, foi a pasta quem convidou técnicos norte-americanos a realizarem inspeção

Inspeção veterinária para a retomada das exportações de carne fresca aos EUA deve ser feita até o final do ano
Foto: Marcos Santos/USP Oline
Inspeção veterinária para a retomada das exportações de carne fresca aos EUA deve ser feita até o final do ano

Técnicos dos Estados Unidos devem visitar o Brasil até o final do mês para fazer uma inspeção veterinária, segundo o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi. A intenção é avançar na retomada das exportações de carne fresca para os Estados Unidos.

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De acordo com o ministro, foi a pasta quem convidou os técnicos ao País para acelerar a volta dos negócios relativos à carne . Em visita a Lucas do Rio Verde (MT), acompanhando o presidente Michel Temer na última sexta-feira (11), Maggi disse que está “tudo sendo arrumado para [o Brasil] voltar em breve ao mercado dos Estados Unidos”.

Os Estados Unidos anunciaram embargo ao produto brasileiro no dia 22 de junho devido às preocupações recorrentes sobre a segurança dos produtos destinados ao mercado daquele país, segundo autoridades dos EUA. O fechamento do mercado norte-americano se deu em razão da existência de abscessos, além de pedaços de osso encontrados na parte dianteira dos animais.

Para o Ministério, a vacinação contra a febre aftosa pode ser a causa das inflamações. Para tentar solucionar a questão, Maggi também disse que a sapomina deverá deixar de ser um dos componentes da vacina e que as doses da vacina serão reduzias de 5 mililitros (ml) para 2,5 ml.

Entre as alterações solicitadas pelo agronegócio em documento encaminhado ao ministério estava a retirada da saponina. As instituições relacionam a substância “à exacerbada irritação no local da aplicação, que se agrava até casos de edema e severa reação inflamatória, com consequente ocorrência de abscessos [nódulo inchado cheio de pus]”.

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O Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) já havia antecipado, no mês de julho, que faria alterações na vacina. Até então, o Mapa não tinha confirmado as informações.

“Não é uma questão de saúde humana, mas de apresentação. O Brasil é livre de aftosa com vacinação, o que significa que não podemos exportar para um país livre sem vacinação qualquer tipo de carne com osso”, diz o ministro. Trata-se de medida preventiva, já que na hipótese de ocorrência da doença, o vírus poderia resistir nos ossos por meses.

O Brasil precisou negociar por 17 anos para conseguir exportar o produto para os Estados Unidos. As exportações começaram a ser feitas em setembro do ano passado. Ao todo, 15 plantas frigoríficas faziam exportações in natura para o país. Essas plantas acumularam, de janeiro a maio, US$ 49 milhões em exportação.

Maggi foi pessoalmente aos Estados Unidos onde reuniu-se com o secretário de Agricultura do governo norte-americano, Sonny Perdue, em Washington. O ministro mostrou otimismo e disse, na ocasião, acreditar que as exportações serão retomadas em 60 dias.

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Apesar da forte tentativa em voltar ao mercado norte-americano, a venda de carne fresca para os país representa apenas 2% das exportações totais brasileiras. Tradicionalmente, o país vende o produto industrializado para o mercado dos Estados Unidos , cujas exportações não foram afetadas.

*Com informações da Agência Brasil