Petrobras está atenta à tendência de queda da demanda por petróleo, diz Parente

Segundo projeções do presidente da estatal, cenário mais pessimista aponta para participação do petróleo caindo dos atuais 60% para 20% em 2040

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“Isso leva realmente à discussão de um novo paradigma da nossa indústria. Na nossa cadeia, desde a apuração à produção, é uma indústria que enfrenta um desafio bastante relevante", afirmou. Segundo o presidente da Petrobras , "embora não possamos contar com isso como segurança de longo prazo, temos a nosso favor que essas mudanças sejam um pouco mais lentas na nossa indústria do que nas demais, mas é um processo em aceleração".

Segundo Pedro Parente, presidente da Petrobras, demanda por petróleo deve cair em ritmo menor até 2035
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil - 22.6.17
Segundo Pedro Parente, presidente da Petrobras, demanda por petróleo deve cair em ritmo menor até 2035

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Segundo Parente, todas as projeções levam ao declínio da participação do petróleo no consumo de energia – hoje na casa dos 60% – em velocidade mais baixa até 2035. No pior dos cenários, mostrou que essa participação pode chegar a 20% em 2040. "A participação dos combustíveis fósseis se reduz em todos os cenários, mas ainda não se sabe qual negócio vai substituir a oferta de óleo e gás na matriz energética do futuro", disse.

O presidente da estatal evitou realizar projeções e adiantar números sobre os resultados da estatal que divulgará, nos próximos dias, o balanço do segundo trimestre do ano. O planejamento impede que dados relacionados ao desempenho e às estratégias futuras da empresa sejam compartilhados. Ainda assim, Parente afirmou que a situação financeira melhorou, com base no balanço do primeiro trimestre e que há um longo caminho a percorrer.

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O presidente da Petrobras disse ainda que o início das parcerias fez com que a produção de petróleo da estatal crescesse consideravelmente. Na produção de derivados, há poucas empresas concorrentes. "O ambiente regulatório tem avançado ultimamente, mas ainda há espaço para melhorias", disse Perente. Para ele, o monopólio da estatal sobre a exploração da camada do pré-sal foi prejudicial para o país, pois retardou o desenvolvimento e a exploração nessa área.

* Com informações da Agência Brasil.