Mercado financeiro estima deficit nas contas públicas de R$ 145 bilhões este ano
Pesquisa é realizada mensalmente e apurou que o mercado financeiro prevê arrecadação menor e maior comprometimento do PIB com dívidas; entenda
Por Brasil Econômico | (*) |
Pesquisa realizada pelo Ministério da Fazenda, junto a instituições financeiras, sinalizou aumento na previsão para o deficit primário do governo central, que engloba o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central. A previsão passou de R$ 142,051 bilhões para R$ 145,268 bilhões, valor acima da meta do governo de déficit de R$ 139 bilhões.
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Divulgado nesta quinta-feira (13), a projeção faz parte da pesquisa Prisma Fiscal, elaborada pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Para o ano que vem, a estimativa de deficit ficou em R$ 129 bilhões, contra R$ 127,446 bilhões, previstos no mês passado.
Já a projeção para a arrecadação das receitas federais, segundo o mercado financeiro, será menor. Na pesquisa deste mês o mercado estima que o valor será de R$ 1,340 trilhão, enquanto na projeção do ano anterior a estimativa era de 1,345 trilhão.
Dívida e PIB
A pesquisa apresenta também a projeção para a dívida bruta do governo geral, que na avaliação das instituições financeiras, deve ficar em 75,6% do Produto Interno Bruto ( PIB ), ante a previsão anterior de 75,47% para este ano. Para 2018, a estimativa foi ajustada de 78,60% para 78,67% do PIB.
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Medidas
Na opinião do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para que o deficit se mantenha dentro do valor estipulado pelo Governo, é necessário o reequilíbrio das contas públicas brasileira. Para conseguir tal feito, foi anunciado pela equipe econômica do governo de Michel Temer que, fosse criado um teto de gastos e que esse teto fosse seguido à risca por 20 anos.
Essa limitação de gastos imposta pelo atual governo envolve a União , o Legislativo , o Tribunal de Contas da União ( TCU ), o Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública da União. Para os gastos com saúde e educação, a correção pela inflação começará a partir de 2018.
O Brasil tem deficits fiscais desde o ano de 2014. Em 2015, o rombo, de R$ 114,9 bilhões, foi recorde e gerado, em parte, pelo pagamento das chamadas "pedaladas fiscais", que levou a saída da presidente Dilma Rousseff.
*Com informações da Agência Brasil
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