Salário médio do trabalhador brasileiro ficou 3,2% menor em 2015, aponta IBGE

Setor de eletricidade e gás tem o maior salário média, segundo pesquisa; por outro lado, áreas de alojamento e alimentação pagam os menores salários

O salário médio mensal dos trabalhadores brasileiros ficou menor em 2015. Segundo dados do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE) divulgados nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a queda foi de 3,2% na comparação com 2014. O levantamento ainda não tem dados consolidados sobre 2016. Quando o rendimento total – salário somado a outras remunerações – é levado em consideração, a queda é ainda maior, de 4,8%.

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Segundo a pesquisa, o salário médio em 2015 ficou em R$ 2.480,36, contra R$ 2.561,37 registrados em 2014. O setor de eletricidade e gás registrou a maior média salarial, com pagamentos de R$ 6.870,31. Em seguida, estão os empregos com atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (R$ 5.867,19) e organizações internacionais e outras instituições extraterritoriais (R$ 4.648,91). Apesar de registrarem os mais altos salários, estas áreas absorveram apenas 2,4% dos profissionais assalariados.

Segundo levantamento do IBGE, trabalhadores da área de alojamento e alimentação tem salário médio de R$ 1.249
Foto: Shutterstock
Segundo levantamento do IBGE, trabalhadores da área de alojamento e alimentação tem salário médio de R$ 1.249

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Por outro lado, as menores remunerações foram pagas nos setores de alojamento e alimentação (R$ 1.249,49), atividades administrativas e serviços complementares (R$ 1.522,75) e comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (R$ 1.609,10). Estas atividades absorveram juntas 32,9% dos pessoal ocupado em 2015. Apesar da queda salarial entre 2014 e 2015, a remuneração cresceu 6,9% entre os anos de 2010 e 2015.

No mesmo período, o acumulado de salários e outras remunerações subiu 22%. Ainda segundo o CEMPRE, a taxa do pessoal ocupado em empresas e organizações caiu 3,1% entre 2014 e 2015. Primeira queda desde o início da série iniciada em 2007, o resultado equivale a 1,7 milhão de trabalhadores sem emprego no período. O mau desempenho também foi puxado pelo recuo de 3,6% do pessoal ocupado assalariado, que também caiu pela primeira vez.

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Apesar da queda de salário e dos vínculos empregatícios assalariados entre 2014 e 2015, 3,6 milhões de vagas foram criadas em empresas e outras organizações formais no período de 2010 a 2015. Segundo o levantamento, quatro atividades foram responsáveis por 71,7% do total de postos de trabalho criados: comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (29,4%), saúde humana e serviços sociais (15%), atividades administrativas e serviços complementares (14,1%) e educação (13,1%).

* Com informações da Agência Brasil.