Desemprego aumenta 8,7%, afetando 14 milhões de pessoas
Taxa de desocupação fica em 13,6% no trimestre encerrado em abril de 2017, com acréscimo de 1 ponto se comparado ao trimestre terminado em janeiro
Por Brasil Econômico |
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (31) os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, onde se foi mostrado um acréscimo de 1 ponto na taxa de desocupação no trimestre móvel encerrado em abril, ao passar de 12,6% em janeiro para 13,6% no quarto mês deste ano. Se comparado com o mesmo período de 2016, quando atingiu 11,2%, o resultado também obteve alta de 2,4 pontos percentuais.
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Em relação à população desocupada, que está atualmente em 14 milhões, o IBGE evidenciou um crescimento de 8,7% em comparação com novembro do ano passado a janeiro de 2017, quando o número de pessoas em situação de desemprego era de 12,9 milhões. Com isso, o quadro obteve um acréscimo de 1,1 milhão de pessoas não ocupadas a procura de trabalho. No confronto com igual trimestre de 2016, esta estimativa subiu 23,1%, alta de cerca de 2,6 milhões de pessoas desocupadas na força de trabalho.
Já a população ocupada, que está em 89,2 milhões, registrou um recuo de 0,7% se comparada ao trimestre de novembro de 2016 a janeiro de 2017, quando o número de pessoas ocupadas era de 89,9 milhões. Em comparação com igual trimestre de 2016, quando o total de ocupados era de 90,6 milhões de pessoas, houve retração de 1,5%, ou seja, uma queda de 1,4 milhão de pessoas.
Empregados e rendimento
O número de empregados com carteira assinada , que atualmente marca 33,3 milhões, também apresentou uma baixa de 1,7%, com 572 mil pessoas a menos na comparação com o trimestre de novembro do ano passado a janeiro deste ano, quando haviam 33,9 milhões de pessoas nesta situação. Frente ao trimestre de fevereiro a abril de 2016, foi observado um recuo de 3,6%, o que representa a perda de quase 1,2 milhão de indivíduos nessa condição.
No que se diz respeito ao rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos - R$ 2.107 -, houve estabilidade frente ao trimestre de novembro de 2016 a janeiro de 2017, quando o valor era de R$ 2.095. No mesmo trimestre do ano anterior, o resultado também se apresentou estável, já que o valor era de R$ 2.052.
A massa de rendimento real habitualmente recebida em todos os trabalhos, que é de R$ 183,3 bilhões, também ficou estável em relação ao trimestre de novembro de 2016 a janeiro de 2017, quando totalizava R$ 183,5 bilhões e frente ao mesmo trimestre do ano anterior, quando era de R$ 181,2 bilhões.
No trimestre móvel terminado em abril de 2017, havia cerca de 14 milhões de pessoas desocupadas no Brasil, o que ressalta um aumento de 8,7% ou 1,1 milhão de pessoas frente ao trimestre de novembro de 2016 a janeiro de 2017, quando a população era estimada em 12,9 milhões de pessoas. No confronto com igual trimestre de 2016, a estimativa aumentou 23,1%, o que aponta uma alta de cerca de 2,6 milhões de pessoas desocupadas na força de trabalho.
Já o contingente de ocupados foi estimado em 89,2 milhões no trimestre de fevereiro a abril deste ano, queda de 0,7% em comparação ao trimestre de novembro de 2016 a janeiro de 2017, o que representa 615 mil pessoas ocupadas a menos. Se comparado com igual trimestre do ano passado, quando o total de ocupados era de 90,6 milhões de pessoas, houve queda de 1,5%, um recuo de 1,4 milhão de pessoas.
Setor privado
No setor privado com carteira de trabalho assinada, o número de empregados estimado em 33, 3 milhões, caiu 1,7% em comparação com o trimestre de novembro do ano passado a janeiro desse ano, com 572 mil pessoas a menos. Se levado em consideração o trimestre de fevereiro a abril de 2017, nota-se retração de 3,6%, ou seja, a perda de aproximadamente 1,2 milhão de pessoas nesta situação.
A categoria dos empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada é atualmente de 10,3 milhões. Desse modo, foi percebida uma estabilidade no resultado em relação a novembro de 2016 a janeiro de 2017, porém, com acréscimo de 3,1% se comparada ao mesmo período do ano anterior, com 306 mil pessoas a mais.
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Tanto o contingente de trabalhadores domésticos, que é de 6,1 milhões, quanto o de empregados no setor público, que é de 11 milhões permaneceram estáveis em relação ao trimestre encerrado em janeiro de 2017. Houve estabilidade também na comparação ao mesmo período do ano passado.
Outro quadro de estabilidade foi observado no número de empregadores, de 4,1 milhões. Entretanto, com aumento de 10,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, com 395 mil pessoas a mais.
Autônomas
A categoria das pessoas que trabalharam por conta própria, que atualmente é de 22,3 milhões, se manteve estável em comparação ao trimestre de novembro de 2016 a janeiro de 2017. Na comparação com o trimestre de fevereiro a abril de 2016, foi registrado um recuo de 3,1%, o que evidencia uma baixa de 702 mil pessoas nessa condição.
Na análise do contingente de ocupados por grupamentos de atividade, houve expansão nos grupamentos indústria geral, com 1,8% e alojamento e alimentação, com 3%. Ainda no mesmo período, o grupamento agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura apresentou queda de 2,4%, assim como construção, com decréscimo de 4,1% e comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, com baixa de 2,6%. Nos demais grupamentos, o quadro se manteve estável.
O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi estimado em R$ 2.107, resultado equilibrado frente ao trimestre de novembro de 2016 a janeiro de 2017, quando era de R$ 2.095 e em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, quando totalizava R$ 2.052.
É importante lembrar que quando analisado por grupamento de atividade, com exceção dos trabalhadores domésticos, que subiram 1,9% todos os outros grupamentos se mantiveram estáveis nessa comparação. Assim como a massa de rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas, que foi estimada em R$ 183,3 bilhões de reais.
Metodologia
Os indicadores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do IBGE são calculados para trimestres móveis, usando dados dos últimos três meses consecutivos da pesquisa. Em relação à taxa do trimestre móvel terminado em abril de 2017, o cálculo foi feito partir das informações coletadas em fevereiro, março e abril de 2017. Nas informações utilizadas nos indicadores para os trimestres móveis encerrados em março e abril, existe um percentual de repetição de dados em torno de 66%, onde o mesmo só deixa de existir após um intervalo de dois trimestres móveis.
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