Compliance: confira cinco passos para estimular na sua empresa
Ética não deve ser um assunto restritos às reuniões, o tema deve ser falado a todo o momento, para que, esteja presente nas decisões cotidianas
Por Brasil Econômico |
De acordo com o líder de prática de ética & compliance da Protiviti, Antonio Carlos Hencsey, é fundamental que as empresas tenham a maturidade e a sustentabilidade de seu programa como foco quando se fala sobre compliance.
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Entretanto, o especialista ressalta que antes de estabelecer uma cultura ética na organização há cinco pontos sobre os quais os empreendedores devem refletir acerca do compliance .
1. Sua empresa fala sobre ética mesmo quando o tema discutido não é compliance?
Hencsey aponta que ética não deve ser um assunto restritos às reuniões ou treinamentos, o tema deve ser falado a todo o momento, para que, desta forma, a ética esteja presente nas decisões cotidianas. “Discussões sobre dilemas, estudos de caso, conversas entre chefes e colaboradores devem ser estimuladas e orientadas com o propósito de trazer o tema para a rotina dos profissionais”, avalia.
2. Sua empresa faz o que prega?
É importante destacar que é essencial a empresa fazer aquilo que prega, isso fará com que os funcionários sigam as regras ou qualquer outro tipo de direcionador de conduta ética vivenciado na companhia. A ausência de um posicionamento ético pode contribuir para que os colaboradores percebam uma contradição entre o que se prega e o que se faz, desta forma, o potencial dos mesmos de agirem com a mesma “flexibilidade” aumenta perante os dilemas.
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3. É seguro falar sobre ética na sua organização?
Há dois grandes empecilhos para os profissionais que desejam um ambiente sustentável, mas que não se sentem a vontade em se manifestar perante os ocorridos: medo de retaliação e a sensação de inutilidade de seus relatos. Hencsey avalia que caso a empresa decida estimular denúncias deve-se prezar por fazer algo positivo com as informações levadas. Já se essa prática não ocorrer, a tendência é que os problemas continuem.
4. Os direcionamentos gerais da companhia são compatíveis com o comportamento ético esperado?
O especialista aponta que talvez existam momentos em que as políticas de compliance não são percebidas como convergentes em relação a algumas ambições corporativas. E que neste instante, a empresa deve pesar o que de fato é importante para si. Desta forma, Hencsey destaca que nada deve se impor à conduta ética presente nas estratégias de negócio, na comunicação e em outros elementos funcionais da empresa.
5. Os seus colaboradores são ouvidos sobre as políticas de compliance corporativas?
De acordo com Antonio Carlos Hencsey, um dos principais impeditivos de um programas de compliance funcionar é a não aderência dos colaboradores ao que é proposta pela empresa . Desta forma, a companhia deve mapear os conhecimentos dos funcionários, além de suas compreensões e crenças acerca das políticas instaladas, para que as regras estejam de fato próximas.
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